"Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará." Sl37: 4-5















sábado, 8 de outubro de 2011

O desafio da mudança

Eu estou muito feliz de, enfim, poder reencontrar meu marido; vcs sabem o quanto eu esperei por esse momento. Mas a alegria de estar indo pra Vancouver não diminui algumas preocupações que eu tenho em relação a essa nova mudança. Eu bem sei que toda mudança vem acompanhada de desafios, principalmente, quando se tem uma criança envolvida, e eu, como mãe, não consigo deixar de pensar no emocional da minha filha diante de tudo que passamos e, agora, da nossa ida pro Canadá. 
Há quase 1 ano atrás, nós saímos de MG, onde ela estava acostumada com a casa, os vizinhos, a igreja, os amiguinhos, a rotina; deixamos o pai dela no Canadá e mudamos pra Salvador, ela sofreu muuuuito!!! Estranhou, teve dificuldades de adaptação na escola, sentiu a falta do pai, enfim, foi difícil!!! E agora que a vida dela está um pouco mais normal e ela já considera Salvador como a sua casa, é hora de mudar de novo.
Vcs podem imaginar como ela vai sentir essa mudança??? Ela é muito apegada ao meu sobrinho, que mora com minha mãe, é muito apegada à avó, ao marido da avó... ela vai sentir muito a ausência deles, e eles já estão sentindo a dela. Minha mãe se falar muito os olhos já ficam cheios de lágrimas; o marido dela, então, nem se fala, ele chora mesmo rsrsrsrsrsrs... um drama total!!!
Sempre que perguntam a minha filha se nós vamos embora, ela responde que sim, mas que vai levar todo mundo com ela. Sabem o que ela disse ontem a empregada de minha mãe??? Angé, vc vai pra Vancouver e vai dormir na minha cama... Dá pra acreditar??? Eu acho uma gracinha o carinho com que ela fala, a ingenuidade, a preocupação em querer que todo mundo vá; mas eu não posso deixar de pensar no quanto o coraçãozinho dela vai sofrer de saudade. Eu sei que criança se adapta com facilidade, mas ela só tem 3 anos, e eu fico imaginando como ela vai processar tudo isso.
Pra nós, adultos, nem sempre é fácil. Tem dias que a saudade vem forte e é preciso se segurar pra não pegar o primeiro avião e ir embora. 
Meus primeiros anos nos EUA eu tirei de letra no quesito saudade, mas já no final, 8 anos depois, com minha avó já bem avançada de idade, eu comecei a sentir falta da convivência familiar. Eu lembro que quando minha irmã casou eu chorei muuuuuito por não ter ido; sem falar dos inúmeros aniversários, natais, finais de semana e feriados que eu perdi por estar morando longe... é dureza, gente!!!
Eu amo a vida de imigrante, vcs sabem disso; e estou ansiosa pra morar em Vancouver, não é segredo pra ninguém; mas eu não posso deixar de dizer pra vcs que nem tudo são flores, existe o lado amargo da escolha de viver em um outro país, por melhor que ele seja.

2 comentários:

  1. Priorize trazer os brinquedos dela, as coisas q ela gosta isso ajuda muito, coloque ela pra te ajudar a escolher o q vem, nos primeiros dias e só festa, depois ela vai sentir a mudança, aí vc sai com ela e compra um brinquedo novo. No começo eu acho muito importante vc ficar com ela, mas não em casa procura atividades pra ela com outras crianças, se ela for pra daycare de cara sem fluência no inglês ela vai sentir. Criança se adapta rápido sim, mas sente saudade também. Pra nos esse caminho q te sugeri deu super certo, não me arrependo de ter trazido nenhum brinquedo da Lana, e nem de ter ficado com ela ate ela se adaptar a língua, vejo muita criança de imigrante sofrendo aqui no começo.

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  2. Oi Simone, é o que eu penso em fazer. Quero acompanhá-la de perto nos primeiros meses, pelo menos, até quando ela estiver se sentindo mais segura... bjs e obrigada pelos conselhos

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