"Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará." Sl37: 4-5















quarta-feira, 27 de abril de 2011

Nada de quimio hoje

Pra variar um pouco, a Unimed ainda não liberou o tratamento, portanto, eu não pude fazer nada hoje.
Por um lado eu acho horrível depender desses seguros que não respeitam as pessoas nos momentos que elas mais precisam; mas, por outro lado, depender do SUS não é brincadeira.
Ontem uma amiga me ligou dos EUA, ela venceu a batalha contra o câncer há 2 anos fazendo todo o tratamento no Brasil, pelo SUS de Fortaleza e, podem acreditar, não foi nada fácil... Se pagando a gente já sofre desrespeito, imaginem quando é, supostamente, de graça... o sofrimento é grande!!!
Ainda não sei se a Unimed vai liberar hoje, e, caso liberem, eu não sei se vou fazer amanhã ou quando vou fazer. Estou esperando uma posição do plano pra entrar em contato com a clínica... mais uma espera!!!
Na vida a gente vive aprendendo a esperar, é incrível!!! Esperei anos pra ir pra Vancouver, quando finalmente consegui os vistos esperei pra meu marido decidir, depois veio o câncer, a espera pela cirurgia; a espera pelo resultado dos exames, agora a espera pela quimio e os seus efeitos; sem falar na grande espera pra reencontrar o meu marido; esta é dura!!!! É esperar, esperar e esperar... ele espera de lá e eu de cá.
Minha irmã me deu de presente as passagens pra eu ir à Vancouver. Eu e meu marido estamos vendo a possiblidade de eu passar, pelo menos, 2 semanas lá, mas, tanto ele quanto eu, estamos preocupados com os possíveis efeitos colaterais. É que, assim como eu posso não sentir nada, tb posso ter que ser internada de emergência a depender da situação, e qualquer problema fora do Brasil, longe dos médicos que estão me acompanhando, pode virar um problemão... mas se Deus quiser, tudo vai dar certo; vou passar pela quimio como passei pela cirurgia, sem nenhuma complicação... e quem sabe eu não vou poder passar uns dias no Canadá, né???

2 comentários:

  1. Grande sabedoria é saber olhar a vida com olhos de ver. Enxergar as coisas de maneira diversa da habitual. Ir além das aparências.

    Nós não somos apenas ossos, músculos, tendões, unhas, cabelos, sangue. Somos tudo isso e mais a essência, o espírito.

    É essa essência que nos faz ficar doentes ou recuperar a saúde de uma doença sem bons prognósticos.

    Assim, não se pode imaginar medicina sem os remédios, bisturis, equipamentos, poções. Mas, a essência não pode ser esquecida.

    Dr. Josh era um talentoso cirurgião oncológico. Depois de alguns anos, começara a ter problemas.

    Mal conseguia se levantar da cama todas as manhãs porque sabia que iria ouvir as mesmas queixas, dia após dia.

    De tanto ouvir falar de dores e assistir ao sofrimento, deixara de se importar.

    Para que tudo aquilo, afinal? Muitos pacientes ele nem conseguia que se recuperassem.

    Então, uma amiga lhe observou que ele precisava ter novos olhos. O importante não era mudar de hospital, de atividade. Era ele olhar o mesmo cenário, de forma diferente.

    E lhe sugeriu que, a cada dia, durante 15 minutos, ele rememorasse os acontecimentos e respondesse a si mesmo: "o que me surpreendeu hoje? O que me perturbou ou me emocionou hoje? O que me inspirou hoje?"

    Ele ficou em dúvida, mas tentou. Três dias depois, a única resposta que conseguia dar para as três questões era nada, nada, nada.

    A amiga lhe sugeriu que ele olhasse as pessoas ao seu redor como se fosse um escritor, um jornalista, ou quem sabe, um poeta. Procurasse histórias.

    Seis semanas depois, Josh encontrou-se com ela outra vez e lhe falou das suas experiências. Estava mudado. Sereno.

    Nos primeiros dias, a única coisa que o surpreendera tinha sido o tumor de algum paciente que diminuía ou regredira poucos centímetros.

    O mais inspirador, uma droga nova, ainda em experiência, a ser ministrada aos pacientes.

    Certo dia, observando uma mulher de apenas 38 anos, que ele havia operado de um câncer no ovário, tudo mudou.

    Ela estava muito debilitada. Sentada em uma cadeira, tinha ao seu lado as filhas de quatro e seis anos. As duas meninas estavam bem arrumadas, felizes e amadas. "Como ela fazia aquilo?"

    Aproximou-se e lhe disse que a achava uma mulher maravilhosa, uma mãe fora do comum. Mesmo depois de tudo o que havia passado, ele observava que havia dentro dela algo muito forte. Uma força que a estava curando.

    A partir daí, ele começou a perguntar aos pacientes o que lhes dava forças na sua luta contra a doença.

    As respostas eram muito diversas. O importante é que ele descobriu que tinha interesse em ouvir.

    Se antes já era um excelente cirurgião, deu-se conta de que agora, e somente agora, as pessoas vinham lhe agradecer pela cirurgia. Algumas até lhe davam presentes.

    Mudou o seu relacionamento com os doentes. Contando tudo isso para a amiga, ele retirou do bolso um estetoscópio com seu nome gravado e o mostrou, comovido. Presente de um paciente.

    Quando a amiga lhe perguntou o que é que iria fazer com aquilo, ele sorriu e respondeu: "Ouvir os corações, Rachel. Ouvir os corações."


    Todas as vidas têm um significado. Encontrar o sentido das coisas nem sempre é fazer algo diferente. Por vezes, é somente enxergar o cotidiano, a rotina de uma forma diferente.

    A vida pode ser vista de várias maneiras: com os olhos, com a mente, com a intuição.
    Mas a vida só é verdadeiramente conhecida por aqueles que falam e ouvem a linguagem do coração.
    O que Deus sonhou pra você, vai além de qualquer obstáculo!

    ResponderExcluir