"Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará." Sl37: 4-5















quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O amor que nos une...

Hoje de madrugada, meu marido voltou pra Belo Horizonte. Há alguns meses, ele abriu um pequeno negócio de revitalização de carros - a especialidade dele é em carros importados - e, por isso, ele fica lá, e a cada 2 semanas ele vem nos ver. Ele não nos levou pra BH porque os nossos vistos de residente pro Canadá chegaram antes dele alugar um ap - graças a Deus!!!! rsrsrsrs - e, mesmo que ele não tenha decidido ainda se vamos definitivamente ou não pro Canadá, nós temos que ir pra não perder a residência, e temos que ficar até receber o PR Card - o cartão de residente - o que pode levar mais de 40 dias; então, ele chegou a conclusão que era melhor não alugar nada, por enquanto, ir pro Canadá primeiro, e só depois decidir...eu adorei!!!! quero dizer, em parte rsrsrsrs...eu gostei dele não ter alugado um ap porque a minha torcida é pra irmos pro Canadá, e caso ele alugasse, teria que fazer contrato, levar mudança, eu e minha filha teríamos que nos adaptar a uma nova vizinhança, uma nova igreja, sendo que o Canadá é uma opção forte. Por outro lado, essa vida de casados em casas separadas, não me agrada nem um pouco; eu sei que hoje muitos casais estão buscando alternativas pra viver melhor, como casas separadas, quartos separados e etc, mas não é o nosso caso. Nós nunca tínhamos ficado distantes tantas vezes em tão pouco tempo, sempre fomos muuuuuito "colados"!!! Desde que casamos vivemos "grudados", não por ciúme, posse, ou coisa do tipo, é por amizade, cumplicidade, por prazer mesmo.
É verdade que um pouco antes dele ir pra BH, tivemos alguns desentendimentos por conta da decisão de abrir um negócio, da possibilidade de mudança, da insistência dele em ficar no Brasil, e da minha de imigrar novamente; mas o amor que nos une é muito mais forte do que as diferenças que tentam nos separar, e a partida dele pra BH foi péssima pra gente.
Atualmente, os casais se separam com a facilidade que trocam de casa, de emprego, às vezes, de roupa; é só enfrentarem a primeira tempestade, que chegam a conclusão de que não vale mais à pena ficarem juntos. Até mesmo dentro das igrejas, as pessoas não estão buscando de Deus a superação de suas crises, e buscam no conselho de amigos, colegas, familiares, a ajuda que não encontrarão.
Eu costumo dizer que a separação não é a melhor solução, primeiro porque mudar de mulher ou de marido é mudar de problemas, depois que passar a fase do namoro, da lua-de-mel, que vier a rotina, filhos, os problemas aparecerão naturalmente; o melhor é encarar os desafios da vida de casado de frente, e sair das tempestades mais fortalecidos, e com o amor mais forte.
Eu leio muitas matérias de psicólogos falando sobre o impacto da separação no emocional dos casais e dos filhos, a maioria defendendo que hoje, devido a banalização do divórcio, as crianças superam a separação dos pais com mais facilidade, desde que a separação seja amigável; eu até concordo, mas acredito, que mesmo assim, elas sofrem muito, e tem uma chance grande de crescerem com sequelas emocionais. Filhos precisam das referências do pai e da mãe, da segurança de um lar, de se sentirem amados e protegidos.
Eu tenho uma filha de 2 anos e 5 meses, ela é um fruto muito desejado de um casal que se ama, que se respeita; eu penso que ela está crescendo em um ambiente saudável para o seu desenvolvimento emocional, e eu tenho visto o quanto a distância do pai a tem afetado, ela tem sofrido muito. Cada vez que meu marido viaja, ela sofre, fica agressiva, pergunta por ele, cada carro que chega, ou cada vez que abrem o portão, ela pergunta se não é ele que está chegando...é de partir o coração. E quando ele chega??? geralmente é pela manhã bem cedo, e ela ainda está dormindo, quando ela acorda e o vê, os olhinhos dela brilham, ela toca no rosto dele só pra ter certeza que não é um sonho, ela o beija, o cheira, o abraça, e depois, com uma voz bem doce, pergunta: papai, presente??? Ela não esquece do presente prometido todas as vezes que ele viaja, foi a forma que encontramos de amenizar um pouco a saudade. Nós conversamos, explicamos que o papai vai trabalhar e vai voltar, eu a coloco pra falar com ele no telefone, mas o presente tem que vir, ela cobra mesmo, pela idade, ela não liga com o que vai ganhar, mas ela quer ganhar; do jeito que as coisas andam, eu vou ter que fazer um quarto só para os brinquedos dela rsrsrsrs...
Mas não é só a minha filha que sofre, eu também; eu sinto falta dos pés dele encostados nos meu quando vou dormir, sinto falta do cheiro dele, das conversas, das risadas, do abraço, dos beijos...sinto falta de tudo rsrsrsrs...até da bagunça que ele faz no banheiro, e olha que ele é bem desorganizado rsrsrsrs...
Pra ele também não tem sido fácil, talvez até mais difícil do que pra mim, porque ele tem saudade de mim e da nossa filha; têm vezes que o telefone toca de madrugada, eu acordo assustada pra atender, e quando eu vejo é ele querendo conversar comigo, dizendo que não vê a hora de nos ver, que me ama, que ele não sabe o que seria dele se não me tivesse e etc.
Mas, apesar de todo lado negativo que estou descrevendo, tem uma coisa que eu estou achando bem legal: quando ele chega a saudade é tão grande, que vivemos os dias mais intensamente, além de marido e mulher, somos namorados rsrsrsrs...é muito bom!!!
A bíblia nos ensina em 1Coríntios13:7 "O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
Se tem o amor de Deus no relacionamento, na família, não tem conflito que não seja resolvido, crise que não seja superada, tempestade que não passe. Porque o amor de Deus espera, suporta, crê, e sofre, mas sofre sabendo que com Jesus no barco, não tem tempestade que não passe.

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