"Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará." Sl37: 4-5















quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Coisas que me deixam indignada

Como eu não sou famosa e minha voz não tem efeito nenhum perante os meios de comunicação, eu uso o meu blog pra protestar, afinal, de alguma forma, eu posso expressar minha opinião; mas o que eu não consigo, e nem posso fazer, é ser indiferente a algumas situações absurdas com as quais eu me deparo.
Hoje, ao checar o meu face, eu li uma matéria de um ex-integrante da famosa banda baiana Chiclete com Banana. Ele saiu do grupo devido a uma doença incurável e degenerativa que o impossibilitou de continuar trabalhando e hoje vive da pensão - ridícula - do INSS e da ajuda de alguns amigos, pq os seus ex-parceiros de trabalho, pra economizar alguns "trocados" de suas contas milionárias, preferem fingir que ele já morreu.
Gente, eu não sou fã da banda, nem tão pouco do cidadão em questão. Vcs sabem que eu sou evangélica, portanto, não acompanho o carnaval e nem suas músicas e bandas de axé; mas confesso que o caso me chama atenção pela falta de humanidade dos músicos do Chiclete com Banana e a indiferença desse meio artístico baiano.
Quantas vezes nós assistimos a entrevistas desses artistas, como o tal Bel - vocalista da banda - rindo, alegre, cheio de "energia positiva"??? Eles são tão ricos, tão famosos, que não custava nada estender a mão pra um ex-companheiro, pra um colega de trabalho!!! mas não, eles fazem parte de um mundo que não aparece na frente das câmeras; um mundo escuro, triste, onde todos querem se dar bem a qualquer custo.
Eu acredito que existam exceções sim, não posso generalizar, mas é tanta sujeira junta que os que fazem alguma coisa boa não têm tanta visibilidade.
Por favor, leiam a matéria abaixo, e toda vez que vcs forem comprar ou ouvir o Chiclete com Banana lembrem o caráter das pessoas que vcs estão aplaudindo.


Chamo-me João Fernandes da Silva Filho, sou guitarrista e compositor e mais conhecido como Cacik Jonne. Fui, durante quase 21 anos (1980 a 2001), guitarrista da banda Chiclete com Banana e construtor de significativa parcela da história da música baiana. Portador de doença- Ataxia Cerebelar- venho sofrendo limitações progressivas de movimentos no decorrer dos últimos 8 a 10 anos, um problema de equilíbrio no cerebelo. Não pude mais exercer minha profissão. As condições para movimentar-me e trabalhar foram ficando cada dia mais difíceis. Em conversa que mantive com os dirigentes da banda, ficou acertado, verbalmente, que sairia da banda, mas ela assumiria o pagamento de meus honorários como se estivesse tocando e depois faríamos um acordo. Como se tratava de um acordo justo aceitei-o. Porém, o compromisso verbal não foi cumprido integralmente, porque os honorários prometidos foram sendo reduzidos gradativamente. De forma integral o acordo foi cumprido apenas no período de junho a dezembro de 2001 a janeiro/2002. A partir do carnaval de 2002 os honorários começaram a sofrer cortes inexplicáveis. Vale ressaltar que nesse período tentei inúmeros contatos com a Banda, mas todos foram em vão. Movido pela necessidade e pelo propósito de ter meus direitos restabelecidos e respeitados, busquei a Justiça. Em dezembro de 2002 foram instaurados até 2005.Ressalto que a minha saúde, com o passar do tempo, foi ficando cada vez mais comprometida. O quadro agravou-se e as seqüelas da doença atingiram minha visão, comprometeram minhas articulações e afetaram meu andar. passei a necessitar de tratamentos mais especializados e onerosos. Mas, como poderia fazê-los se não dispunha de recursos financeiros para esse fim?. Meus antigos parceiros permaneceram indiferentes e irredutíveis à esta situação, estranhamente, o processo foi julgado à revelia, e o mais grave é que eu, vítima, autor da ação e principal interessado na agilidade do julgamento e do resultado, não soube dessa audiência. Meu advogado recorreu da sentença ao Tribunal Superior do Trabalho, TST, onde o processo foi arquivado. Atualmente estou sobrevivendo graças à pensão do INSS e da ajuda de amigos. Tudo o que almejo é ter o valor de meu trabalho artístico de mais de 20 (vinte) anos, interrompidos por motivos alheios à minha vontade, reconhecido financeiramente, a fim de que possa custear, sem favores, meu oneroso tratamento médico-hospitalar. É justo que alguém que colaborou de forma íntegra a uma banda e a uma história musical baiana sofra este processo de constrangimento? 'pois pra os ricos nada pega' não deixarei de falar até que a morte me leve já que sei que a justiça dos homens pode estar perdida, mas a de Deus não questiono, pois acredito, cedo ou tarde, Ela vencerá'. 

Cacik Jonne.

Um comentário:

  1. isto e muito comum no meio artistico e lembrou-me da queixa igualzinha do guitarrista \mick \taylor(ex integrante dos Rolling Stones) q todo mes sofre de corte de energia e agua e mora de aluguel, enquanto seus colegas sao mega multimilionarios. os colegas dizem q ele nao era ligava a business. facil assim. mas enquanto eles moram em castelos, os honorarios do Taylor foi cortado igualzinho a este cantor do chiclete. Fica o exemplo de qdo estarem la em cima, se assegurarem de seguros saudes e advgados q cuidem de seus interesses e nao so lamentar depois de alguma doenca aparecer. Triste as 2 situacoes.

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