"Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará." Sl37: 4-5















terça-feira, 15 de março de 2011

A saudade que dói...

Eu estou levando essa fase da minha vida numa boa. A doença não roubou a minha paz nem a minha alegria, vivo normalmente como se estivesse com a minha saúde plena, pq é assim que me sinto. Mas tem uma coisa  que me abala nisso tudo: quando eu percebo que tem alguma coisa errada com o meu marido...ah, eu fico com o coração na mão!!!
Hoje ele ligou fora do horário que ele geralmente liga e estava com uma voz triste, com um tom carente, desolado... perguntei se estava tudo bem, e sabe o que ele disse??? É a saudade de vcs... Ah, isto quase me matou!!! É claro que me fiz de forte, falei um monte de coisa pra animá-lo, mas no fundo eu sei que tudo o que estamos vivendo, eu aqui e ele lá, não tem sido fácil. Sem falar que ele é um pai muito presente, carinhoso, dedicado; e a distância da nossa filha tem sido uma barra difícil de segurar. Ele sente de lá e ela daqui. Por mais que a gente tenha fé, que saiba que tudo vai passar, tem dias que o coração fica mais mole mesmo, principalmente pra parte que está sozinha, como é o caso do meu marido; sozinho em Vancouver.
Quando eu morava nos EUA tive a oportunidade de conhecer algumas pessoas que arriscaram ir pra lá na frente, sem a família, pra preparar o caminho; e posso dizer que é uma escolha difícil. Geralmente os homens são os que vão primeiro pra depois as esposas e filhos. Depois de acompanhar algumas famílias cheguei a conclusão de que sacrifícios como estes só devem ser feitos se realmente não tiver jeito, pq é um caminho sofrido pra toda a família, principalmente, para as crianças, que são as que mais sofrem.
No nosso caso não tivemos opção; conversamos bastante, estudamos as possibilidades e chegamos a conclusão de que seria o melhor pra gente, quero dizer, o menos pior.
Graças a Deus encontrei apoio na casa de minha mãe pra essa fase de doença, tratamento, enfim... mas eu tenho visto o quanto ela está cansada, minha mãe tem "sofrido" com o excesso de gás da minha filha; é muita energia numa criança só rsrsrsrsrsrs... ela não estava acostumada com tanto movimento. Só pra vcs terem ideia, dá 11:00 e minha pequena está correndo e gritando pela casa, e isto depois de passar a tarde toda na escola... a pilha dela é duracel rsrsrsrsrrs...
Fazendo uma análise do comportamento de minha filha, inclusive com a escola, não tem como não perceber os sinais da ausência paterna. Ela está sentindo muito a falta do pai... Eles se falam pelo skype, pelo telefone; nós fazemos de tudo pra diminuir a falta dele, porém, ainda sim não tem sido o suficiente.
Todo avião que passa, na cabecinha dela, de uma criança de 2 anos, é um caminho dela poder ir a Vancouver; e ela grita: Avião, avião!!!! Vancouver, Toronto!!!
Eu sei que nos dias de hoje é raro um casal não se separar; os filhos, desses tempos modernos, são filhos de pais divorciados, e, segundo psicólogos e terapeutas, eles acabam aceitando "bem" a situação desde que os pais de dêem bem... Eu não sei, não sou especialista na matéria, mas me arrisco a dizer que se os pais são pais de verdade; presentes, amorosos, participantes; a simples ausência de um deles pode deixar marcas profundas no emocional da criança. O divórcio pode ser a saída mais fácil para o casal que, muitas vezes, vê com o fim do casamento, a solução pra todos os problemas... Não acredito nesta fórmula!!! o mudar de mulher ou marido é só mudar de problemas, pq os problemas estão na gente e não somente no outro. Eu entendo que com o tempo muita coisa esfria; o corpo muda - esta parte é péssima!!!rsrsrsrsrsrs - já não há mais o encanto da época de namoro... e, de repente, os dois se olham e já não se conhecem, e aí??? O que fazer diante de uma situação como esta???
É nestas horas que temos que buscar o verdadeiro amor, aquele que vem realmente de dentro; do respeito mútuo, do carinho sincero, do cuidado, dos valores; dos sonhos em comum, dos objetivos de vida, enfim, um sentimento mais profundo, que vai além do egoísmo de cada um.
Eu acredito no "até que a morte vos separe" e, tanto eu quanto meu marido, não casamos de oba-oba, casamos de verdade. Graças a Deus, já superamos muitos momentos críticos e, com certeza, vamos superar mais este que estamos vivendo. Não tem sido fácil pra gente administrar tantas emoções, mas temos encontrado em Deus a força, o renovo e a determinação pra sairmos desta mais unidos do que nunca. A vida nos impôs a distância, mas estamos aproveitando pra valorizar cada vez mais um ao outro.
Eu fico pensando nas comidinhas que eu vou fazer quando chegar no Canadá, no quanto vou cuidar do meu amor, enfim, curti-lo ao máximo pra suprir, de alguma forma, esse período que estamos longe.... Ai, espero que tudo isso passe logo!!!!

6 comentários:

  1. Oi Renata, sei exatamente o que estao passando. minha situaçao é bem diferente que a sua, mas é parecida.
    Essa agitaçao da sua filinha é por causa da ausencia do seu esposo. Como eles nao sabem se expressar, se expressam da forma deles.
    Creio que isso tudo ja esta acabando e em breve, vcs estarao juntinhos.
    Como sei que tem fe, peça a DEUS para abreviar esse tempo de distancia de vcs.
    Fique na paz do SENHOR...
    Graaaande beijo!

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  2. Poxa Rezinha, deu uma saudade retada de Luciano! Sei exatamente o que vc está passando,pois Lu mora no Rio. Mas mesmo assim pra vc é muito mais difícil porque não têm contato pessoal.

    Fica triste não! Namora por telefone. AHHHHHH! Fiz tanto isso, me sentindo uma adolescente.

    Vamos viajar juntas, com fé em Deus!

    Breve, breve vcs estarão juntinhos, se curtindo, se deliciando com a vida nova e com a filhinha de vcs.

    Pense nos peitos novos, serão só sucesso!KKKK

    Te gosto muito e estou com saudade!

    Bjus repletos de breves enccontros!

    Zineide

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  3. Oi amigas, obrigada pelas palavras de carinho...bjs

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  4. Renata!
    Liguei hj para saber notícias suas, falei c sua mãe.Falei rapidinho, para não encomodar.Ela me disse que vc está bem. Graças a Deus,por sua recuperação a cada dia!
    Acabei de ler o seu post.
    É verdade minha querida...A saudade que dói...
    E dói tanto que sentimos com se houvesse um buraco dentro de nosso coração.
    Nessas horas devemos lembrar, o quanto que vc está se tornando mais forte a cada dia.
    Comentei com Marcelo, nos dias da sua cirurgia, como vc mostrou para todos nós ser uma pessoa tão incrivelmente forte,para estar enfrentando tamanhas provações...
    Longe de seu marido.Em um momento tão difícil...
    Tenho certeza, Deus tem olhado para vc com muito amor, e sua força está com Ele.
    Temos aprendido muito com vc, sua vida já é uma linda lição de amor.
    Aguenta mais um pouco Rê, segura nas mãos de Deus.Como vc tem feito.
    Visualize mesmo a sua nova vida,pense em todas as realizações que te esperam.Vc, seu marido e Stefany,renovados na fé e no amor.
    A felicidade está te esperando de braços abertos!!!
    Vamos em frente!!!
    Bjos dos Caldas!
    Verônica

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  5. Olá Renata!
    Obrigada pela visita e pelas palavras!! =D
    Queria dizer como lamento por seu marido estar distante de vc e sua filhinha e vice-versa, graças á Deus é temporário!!
    Saudade dói e machuca, né?? Ôin...pecadinho!!
    Mas segura na mão de Deus, balança mas não cai!rsrsrs
    Abraço Fraterno!

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  6. Re,
    mais força ainda, querida. Esta parte é bem difícil mas vc é um exemplo de garra e determinação. E como vc mesma disse, vcs se casaram de verdade. Isso é o mais importante e difícil de se achar hj em dia, o compromisso com o outro. Desejo que tudo passe o mais rápido possível e vc venha logo para cá!
    Assim que eu conseguir marcar alguma coisa com os Ursos, ligo para ele ir também para se distrair um pouquinho...
    beijks
    Carina

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