Próxima etapa

A próxima etapa da minha recuperação começa amanhã, com mais uma visita à oncologista. Ela é quem decidirá o tipo de tratamento que eu devo fazer a partir de agora.

O relacionamento do paciente com o médico deve ser algo especial, principalmente do lado do paciente. Eu fico imaginando as pessoas que escolhem médicos antipáticos, grossos, sem paciência; é uma loucura!!! Quando eu soube que teria que enfrentar uma doença, de uma certa forma complicada, eu logo pensei em quem atravessaria esse processo comigo; quais seriam os profissionais que eu teria ao meu lado; ao meu ver, algo de extrema importância.

O meu mastologista foi indicado por uma tia que é médica; e ele foi, simplesmente, maravilhoso!!! foi cuidadoso, atencioso, enfim, e foi ele quem me indicou o cirurgião plástico - que eu tb sou só elogios - e a oncologista. Esta última eu fiquei bem ansiosa pra conhecer; falei até sobre isto numa postagem anterior. Foi a que mais eu me preocupei em acertar por uma razão óbvia: precisando de tratamento, ela seria a que conviveria mais tempo comigo, ou seja, eu precisava confiar nela como médica e gostar dela como pessoa.

Graças a Deus nos identificamos; e, pra minha alegria, tive excelentes referências dela e da equipe que trabalha com ela... um alívio!!!

Eu, como cristã, coloco a minha confiança em Deus; Ele é o médico acima de todos os médicos - ao meu ver - é NEle que eu deposito a minha confiança. Eu acredito que Ele pode curar milagrosamente, como eu já vi acontecer, mas tb sei que Ele cura através das mãos dos médicos.
Eu peço a Deus, em minhas orações, que Ele esteja no direcionamento de tudo o que estou vivendo. Sei que a minha oncologista é uma pessoa preparada, uma excelente profissional - na qual eu confio - mas o homem pode falhar, errar; já o Senhor nunca erra, e Ele conhece os nossos corpos como ninguém.
Vou à consulta amanhã orando pra que Deus use a médica pra me abençoar; tenho certeza que ela será instrumento nas mãos DEle, mesmo que ela mesmo não saiba rsrsrsrsrs...
Hoje eu conheci uma mãe arrasada por ter um filho de 27 anos cheio de problemas. Ele, um jovem formado em publicidade, desempregado; vive entregue à tristeza, angustiado; sem vontade de lutar, de correr atrás de nada; parece, simplesmente, ter desistido.
Eu fiquei pensando em como nós, às vezes, com saúde, podendo ir atrás, lutar; nos entregamos diante das dificuldades da vida. Talvez uma falta de educação, de base familiar; talvez medo ou mesmo comodismo, sei lá... mas o certo é que o mundo está cheio de pessoas descontentes que sofrem e fazem as pessoas ao seu redor sofrerem também. Pessoas que, geralmente, não crêem em Deus e nem tem tempo pra nenhuma busca espiritual, mas que, mesmo com saúde, não encontram vontade e nem sentido pra viver.
Pelo quadro descrito pela mãe, eu pensei logo em doença, talvez em depressão; porém tanto a mãe quanto o filho parecem não ter interesse em investir, pq é um investimento, em nenhum tratamento psicológico ou psiquiátrico... É aquela velha história: dinheiro pra comprar roupas de marca, tênis da moda ou pra cervejinha do final de semana, não pode faltar, mas pra cuidar da saúde é só quando tiver sobrando; como nunca sobra....
Contei esse caso pra que vcs refletissem como a vida é. Eu, mesmo enfrentando problemas sérios de saúde, estou cheia de vida e de vontade de viver; já outros, em perfeita saúde, por causa de alguns obstáculos da vida, estão como mortos, vivendo por viver... Gente, vamos à luta!!! A vida está aí pra ser vivida; problemas todos nós temos, o importante é passar por eles com vitória.