"Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará." Sl37: 4-5















quinta-feira, 30 de abril de 2015

Giovanna

Esse foi o nome que eu escolhi pra minha primeira filha. Significa presente de Deus. 
Giovanna foi sonhada, planejada e esperada com todo amor do mundo. Mas eu não tinha ideia de como a sua vida iria impactar a minha.
Há exatos 8 anos, no dia 29 de abril de 2007 eu vi o seu corpinho tão pequeno e frágil, cercado de médicos, fios e aparelhos não resistir as complicações de um parto muitíssimo prematuro.
Naquele momento eu experimentei a dor da perda como eu nunca tinha imaginado sentir. Parecia veneno circulando pelo meu corpo e me matando por dentro. Uma dor inimaginável que abalou minhas emoções e mudou a minha vida.
Não consigo esquecer de vê-la partir e de sair daquele hospital vazia, sem chão, sem ter onde me amparar a não ser na esperança em Deus.
Ontem, dia 29 de abril de 2015, eu vendi a Maggie, a cachorrinha que eu trouxe do Brasil. As coisas não deram muito certo por aqui e eu tive que deixa-la partir. Senti como se o mundo estivesse me lembrando o gosto amargo da perda. Não estou comparando um animalzinho com a perda da minha filha, não é isso, mas o sentimento de perda sempre me faz lembrar das grandes perdas que eu já sofri.
Já se passaram tantos anos e eu ainda me emociono quando vejo uma criança prematura ou quando uma mãe perde um filho. É como se eu revivesse a dor. Fico pensando nos pais que têm que conviver com a morte de um filho ou a perda de um ente muito querido. Dói demais!!!
São sonhos que viram histórias tristes e nos fazem questionar a vida. Eu tenho a minha esperança em Deus, em que um dia viveremos sem dor, sem morte e sem perda.
Mudando de assunto, algumas pessoas têm me perguntado sobre a burocracia de se trazer um cachorrinho do Brasil pra cá. Bom, segue a lista:
1- Eu tive que pegar um atestado de saúde com o veterinário e levar pro ministério da agricultura no aeroporto pra eles me emitirem um documento de viagem.
2- Tive que registrar o cachorro na Air Canada, que me cobrou $100.
3- A Gol não quis deixar o animalzinho viajar comigo na cabine e eu tive que manda-la pela Gollog. Paguei uns cento e pouco reais.
4- Ao chegar na alfândega o oficial queria saber o valor do animal pra detrminar se eu tinha passado da cota de compras, pq pet tb está sujeito a taxação. Falei que não sabia o valor, que tinha sido um presente e só pague uma taxa de $33.00.
5- Nem todos os vôos tem poltronas que cabem a caixinha do cachorro. Passei o dia no aeroporto de Toronto pra embarcar.
Resumo: É mega estressante!!!!

3 comentários:

  1. eu escrevi uma resenha e sumiu. Agora eh teste.

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  2. Que pena que vc teve que vender a Maggie... A gente se apega, né??
    Lembro da primeira vez que li no seu blog sobre a filhinha que vc perdeu... Minha Zoey vai fazer um ano no sábado e não consigo imaginar (e nem quero!) como deve ser essa dor. Esses dias vi uma reportagem na Global sobre uma mulher em Vancouver que perdeu o bebê um dia antes do due date... Ela ta escrevendo no blog dela sobre isso, se vc quiser dar uma olhada: sincerelyskin.ca
    PS. Acho que vou deixar meu cachorro no Brasil mesmo! :P

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  3. Nossa, não sei nem o que dizer! Não imaginava encontrar mais emoção nas leituras por aqui! Realmente nunca vivi uma perda assim, e por mais que tente imaginar, acho que nunca conseguirei, pois só quem passa sabe realmente a dor! Vc é uma mulher muito guerreira! Quanto ao cachorrinho, temos um poodle que também estamos indecisos como iremos fazer, se vai ou não.

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