"Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará." Sl37: 4-5















quinta-feira, 31 de maio de 2012

A vidinha de minha filha no Canadá

Oi gente, hoje eu resolvi compartilhar com vcs os avanços que minha filha tem feito aqui no Canadá em relação a adaptação dela.
Como vcs bem sabem, no começo foi muuuuito difícil e eu cheguei a ficar bem preocupada. Ela sentiu muito a mudança, a distância da família, dos amiguinhos da escola e ficou muito agressiva. Ela não conseguia interagir com as crianças que falavam inglês e nem conhecia crianças brasileiras, então, ela ficou isolada. Ela falava do Brasil todos os dias e pedia pra pegar o avião e ir embora... nossa, meu coração partia!!!
Tive pressa em colocá-la numa escola pra que ela voltasse a ter uma rotina e aprendesse o inglês mais rápido. No primeiro dia de aula eu lembro que ela foi toda feliz, mas depois que percebeu que ninguém a entendia e ela não entendia ninguém, aí a coisa complicou. Pedi orientação a psicóloga da escola sobre o que eu deveria fazer e ela me aconselhou a manter a rotina, mesmo com as dificuldades.
Ela passou a ir pra escola de segunda a sexta pela manhã e, como num passe de mágica, de repente, ela parou de chorar. Me esforcei, mesmo sem poder, pra que ela tb tivesse atividades extras e a coloquei na ginástica olímpica e no ballet. Como ela se deu melhor na ginástica olímpica, eu não renovei o ballet. 
Ai então veio a igreja, o convívio com outras crianças e, principalmente, com uma hispaninha um pouco mais velha do que ela. 
Meu marido sempre me perguntava se ela não estava demorando pra falar inglês, mas a escola me garantiu que ela estava falando, só que não com a gente rsrsrsrsrrsrsr... Pois de uma hora pra outra o inglês dela começou a aparecer espontaneamente em conversas banais, tipo: Mãe, pega os meus shoes... I catch you!!! e etc.
O maridão faltava colocar um ovo de tão orgulhoso que ficava rsrsrsrrsr... e eu passei a ficar preocupada com o português, principalmente depois de perceber que o inglês estava fluindo com mais facilidade e ela estava começando a colocar o português de lado.
Hoje ela já fala frases maiores, já entende bem e eu fico com o papel de explicar a ela o que é em inglês e em português.
Eu observo que alguns pais optam por não colocar os filhos na preschool logo que chegam, mas, depois de tudo que eu passei, eu acredito que eu agi corretamente. Minha filha está mais tranquila, mais sociável e tem desenvolvido bastante o vocabulário. Ela ainda fala do Brasil, mas não da maneira que falava antes; e eu percebi que o fato de tê-la deixado numa mesma escola desde que ela chegou deu a ela uma referência. 
Pra nós, imigrantes, eu não acho legal ficar trocando as crianças de escola e mudando de cidade toda vez que der na cabeça; as crianças precisam se sentir seguras, é muita novidade de uma vez só na cabecinha delas.
Eu acho tão engraçado quando eu passo pela Minoru - uma rua daqui - e minha filha aponta o dedo e diz: Olha a minha natação!!! ou então ela passa pela escola dela e mostra pro pai toda orgulhosa: Olha papai a minha escolinha!!! Ou seja, ela já está se identificando com o lugar.
O bom de tudo isso é olhar pra trás e ver que superamos mais um desafio da adaptação com sucesso. Foi difícil, mas conseguimos, graças a Deus.

3 comentários:

  1. Que bom ,Renata!Tenho orgulho das suas conquistas!Parabéns!

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    1. Maravilha.
      Tudo vai melhorar. É só uma questão de tempo.
      beijão para a familia canadense.

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  2. Que legal Renata que sua filha está mais adaptada. Deve cortar o coração mesmo ver um filho chorando e querendo ir para o Brasil. Mas eu tb concordo com vc, não é bom ficar mudando de lugar a todo momento e mudar os filhos de escola. Eu mesma passei por uma mudança de cidade quando era adolescente, e já sofri um pouco por começar a ir em uma escola diferente depois de ter estudado da 1 à 8 série na mesma escola. Fico imaginando que é mais difícil ainda para uma criança pequena. E eu tenho certeza que sua filha deve estar falando inglês melhor do que eu rsrsrs

    Bjs
    Fernanda

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