Oi gente, como vcs sabem, a vida de uma mãe que trabalha por si só já é corrida. Leva, pega, corre, trabalha, faz comida, limpa casa e etc. Quando aparecem coisas extras, situações inesperadas que surgem sem aviso, ai a vida vira de cabeça pra baixo mesmo, e foi o que aconteceu nessa semana.
Na terça, no dia 7, uma amiga entrou em trabalho de parto prematuro. Como a maioria dos imigrantes, ela está aqui sem família. O marido ficou com as duas crianças pequenas e minha filha e eu fui com ela para o hospital para facilitar a comunicação em inglês.
O bebê nasceu um pouco antes do tempo e foi levado para a UTI. Foram 4 dias correndo de um lado para outro conciliando vida pessoal e profissional, afinal, não importa o que a gente está passando nos corredores de um hospital o mundo do lado de fora não para.
Graças a Deus o bebê está melhor, já está na ala pediátrica com a mãe, mas assim que ele melhorou o irmãozinho dele de 3 anos começou a vomitar com sinal de virose, logo depois meu marido e em seguida a minha filha. De ontem pra hoje eu passei a noite limpando vômito e cuidando da minha filha e do meu marido e a criança de 3 anos ficou com o pai, que está se revezando entre o hospital e a casa.
Pense numa pessoa exausta! Eu! mas agradecida a Deus pq estão todos com sinal de melhora.
Estou feliz tb que amanhã é feriado e eu espero poder descansar um pouco antes de voltar ao trabalho na terça.
Mas eu gostaria de dizer que eu vivi momentos especiais nesses dias e um deles foi no sábado. Eu levei minha filha para a aula de costura e quando eu estava saindo a minha amiga que dá a aula pediu para eu esperar. Ela tinha feito um jantar maravilhoso para a minha outra amiga que estava no hospital. Elas não se conhecem, mas quando eu contei sobre a situação ela logo se prontificou, fez a comida e enviou.
Talvez vc esteja lendo esse post e nunca tenha passado por situação parecida, mas eu sei o quanto esse cuidado é especial. Lembro com muito carinho de todas as pessoas que Deus usou para cuidar de mim quando minha filha nasceu nos EUA. Lembro das pessoas que oraram, que foram a minha casa, que seguraram a minha mão no hospital, que levaram comida, enfim, que estiveram comigo.
A gente que mora em um país distante da família, longe dos pais e irmãos, está a mercê de um dia precisar da ajuda de estranhos.
Eu lembro que quando fiz uma cirurgia ano passado o diretor da escola da minha filha se prontificou a enviar as mães da escola para me ajudar. Não foi necessário, mas o cuidado dele tocou no meu coração.
Eu acredito que nos momentos difíceis Deus não vai descer do céu e nem se materializar para nos socorrer, Ele vai usar pessoas como instrumentos para nos abençoar. Nem sempre os instrumentos do Senhor são os nossos amigos, familiares ou pessoas próximas, muitas vezes são desconhecidos com o coração aberto para ouvir a voz de Deus.
Que Deus abençoe a nossa semana e nos dê muitas vitórias.
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