Balanço, balanço, mas não caio.

Ontem, enquanto eu esperava o resultado do hemograma, escrevi aqui no blog e contei pra vcs que tinha tido febre. Como vcs sabem, a febre é um problema pq pode significar internação pra mim; tudo o que eu não quero agora. Mas, graças a Deus, o hemograma deu normal.

Depois do resultado do exame, o meu plano era ficar em casa, deitadinha na minha cama, me recuperando da gripe com segurança e tranquilidade, mas, como quase sempre as coisas não saem do jeito que eu quero rsrsrsrsrrs... Ontem tinha um churrasco em comemoração ao aniversário de um dos filhos do marido de minha mãe. O tipo de coisa que só de pensar me dava vontade de dormir... Mas todo mundo ia e eu não tinha condições de ficar com minha filha sozinha, e é claro que ela não ia querer ficar comigo tb vendo todo mundo saindo pra uma festa. Deixá-la ir com minha mãe seria uma opção se o lugar fosse seguro, mas eu já conhecia o espaço e sabia que a festa seria realizada ao redor de uma piscina enorme, ou seja, eu jamais deixaria minha filha ir sem mim.

Numa festa, todo mundo comendo e bebendo muito, qualquer descuido com uma criança perto de piscina pode ser fatal, em minha opinião, então, eu não confiei em minha filha ir sem mim, ainda mais sabendo que ela é apaixonada por água e conhecendo a figura, que não é fácil... 

Eu sou o tipo de pessoa que acredita que saber nadar é uma prioridade, tanto que coloquei minha filha na natação assim que pude. Por causa do tempo frio e das alergias, eu fui obrigada a tirá-la por enquanto, mas, com certeza, ela vai voltar. 

Há muitos anos atrás, eu presenciei minha irmã mais nova, então com 4 anos, sair afogada de uma piscina infantil. Ao redor da piscina estavam meus pais, alguns parentes e amigos, e ninguém viu nada até ela ser retirada já incosciente e quase sem vida... eu nunca vou esquecer daquela cena; eu tinha 9 anos e lembro, como se fosse hoje, da aflição e do desespero do momento.

No decorrer da minha vida, já vi outras situações parecidas e eu posso garantir que água, criança e descuido geram uma receita perfeita pra tragédia.

Pois bem, eu fui obrigada a ir pro tal churrasco. Mesmo mole, cansada e com cara de "tô morrendo",  eu não tive escolha. O dia passou lentamente e por várias vezes eu sonhei com minha caminha, o meu corpo não aguentava estar naquele lugar, mas eu tinha que olhar minha filha. É claro que tb teve um lado bom: foi legal encontrar pessoas queridas; alguns familiares estavam lá e eu acabei me divertindo um pouco.

O enjoo não me permitiu comer nada, além de uns pedaços de carne e abacaxi, e, como eu não bebo - graças a Deus - fiquei na água, pq até refrigerante eu tenho evitado já há algum tempo.

Passei o dia todo sonhando em chegar em casa. Saímos de lá já de noite; eu estava totalmente quebrada, pensei que ia ficar muuuuuuito doente. Cheguei em casa, tomei o antitérmico, depois um banho quente e me deitei... e hoje acordei bem melhor, graças a Deus, Ele me renova a cada manhã.