"Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará." Sl37: 4-5















sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um novo ano. Um recomeço.

Amigos blogueiros, estamos prestes a começar um novo ano. Isto pode significar viver novas vitórias, conquistas, mas também desafios, obstáculos, talvez derrotas. 
A bíblia nos ensina no livro de Lamentações 3:22-23 que as misericórdias do Senhor não têm fim, renovam-se a cada manhã. O que nos leva a refletir que Deus, em sua infinita bondade, nos dá, a cada dia, a chance de recomeçar. Cada manhã que acordamos é mais uma oportunidade que nos é concedida pra reescrevermos a nossa história.
É natural do homem errar. Diversas vezes tomamos decisões equivocadas, andamos por caminhos tortuosos; às vezes magoamos, ferimos pessoas que amamos com atitutes impensadas, com palavras ditas no calor da emoção. São momentos que todos nós enfrentamos e que nos leva a pensar: "Por que eu fiz isso???", "E se eu tivesse escolhido àquilo???", "Por que eu fui abrir a minha boca???" e etc.
Eu quero que você saiba que todas as escolhas têm consequências, que palavra dita não volta; porém, havendo arrependimento, há conserto; enquanto houver vida existe a possiblidade do recomeço, do "fazer de novo".
Deus está dando a mim e a você mais um dia de vida, mais um ano de oportunidades, de novas escolhas, mais uma chance pra tomarmos as decisões corretas e mudarmos de atitude. Não podemos viver como se a nossa vida aqui na terra fosse eterna. No livro de Tiago 4:13-15 está escrito: "... Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa..." Ou seja, devemos agarrar esse novo ano que breve iniciará como se fosse o último. Sugiro que você viva com sabedoria, que busque qualidade de vida, que invista na sua vida familiar, no seu casamento, na sua vida espiritual. "Que aproveita o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" Mc 8:36
O que adianta correr atrás do melhor emprego, de mais dinheiro, da casa dos sonhos, se tivermos que sacrificar saúde, família, Deus??? Num "piscar de olhos" podemos não estar mais aqui; o que deixaremos na memória das pessoas???
Eu desejo a todos vocês um FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!! Um 2011 de vitórias, sonhos conquistados, de muuuuuuita saúde e, mais do que tudo, Jesus no coração...ah!!! e que venha o Canadá!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O que está acontecendo por aqui...

Neste exato momento, enquanto estou escrevendo aqui no Blog, há 5 homens e 3 mulheres trabalhando na minha mudança; a casa está uma loucura!!! Talvez você esteja se perguntando: E você, não vai fazer nada??? Não, hoje eu não vou fazer absolutamente nada. Na sexta à tarde eu abri 10 caixas grandes que trouxemos dos EUA; organizei livros, roupas, utensílios de cama, mesa e banho... fiz muito mais do que eu podia, afinal, passei por uma cirurgia há menos de 2 semanas. Fui imprudente, no dia seguinte, eu me senti muito debilitada; mas eu não fiz por mal, eu só queria organizar as coisas; vcs sabem, ninguém faz melhor do que a gente rsrsrsrsrsrsr...
Como eu disse em postagens anteriores, nós só levaremos roupas; a nossa meta é viajar com o mínimo possível; porém, queremos viajar deixando as nossas coisas aqui bem organizadas; tudo devidamente embalado, numerado, de fácil localização, porque a gente nunca sabe quando vai precisar de novo.
De roupas minhas, as únicas que eu não vou levar, mas também não tive coragem de separar pra doação foram as de grávida; eu ainda tenho vontade de ter mais um filho. Isso sou eu gente, meu marido não quer nem ouvir falar de ter mais filho rsrsrssrsrsrrs... mas a esperança não morre, né??? quem sabe um dia...
Foi muito bom abrir as caixas e encontrar fotos, objetos, tantas coisas que eu não via há mais de 2 anos e com tanto significado; um pedacinho da nossa história... foi muito prazeroso!!!
O povo aqui na cidade já está dizendo que a gente tem sangue de cigano rssrsrsrsrsrsrsrs... eu ouço direto: Mas vcs vão embora de novo??? por que não ficam aqui??? sua família vai sofrer muito...
Agora mesmo, enquanto o pessoal está trabalhando aqui em casa, alguns vizinhos, de vez em quando, entram e começam a me sondar com perguntas do tipo: Por que estão arrumando as coisas??? vão levar os móveis pra fazenda??? vcs vão mesmo embora??? ah, que pena!!! não vão levar as coisas, não???
Minha sogra não pode sentar pra conversar sobre a nossa viagem que chora; meu coração fica partido!!! meu sogro nem está comendo direito. Já minha mãe que eu achava que ia sentir muito, dessa vez está muuuuito tranquila; ela só tem tempo pro noivo rsrsrssrsrsrs... isso mesmo, ela está noiva!!! nem pensa em mim rsrsrsrsrssrsrsr...
E o friozinho que tá dando na minha barriga??? A família está sofrendo, mas eu também não estou indiferente, estou sentindo aquele medinho que dá quando a gente está no topo da montanha-russa, prestes a despencar. No fundo a gente sabe que vai dár tudo certo, mas não consegue controlar o friozinho de medo nem tampouco os gritos de pânico rsrsrsrsrsrsr... O GRANDE DIA ESTÁ CHEGANDO!!! AGUENTA CORAÇÃO!!!!
Mas eu só vou começar a fazer a contagem regressiva mesmo, depois do ano novo. Só quando o mês de janeiro chegar é que eu vou começar a me sentir com o pé no Canadá, antes disso ainda estou vivendo como se faltasse um mês pra nossa partida.
Gente, em falar de viagem, mês de janeiro... e a greve nos aeroportos??? estou super preocupada!!! principalmente porque o meu vôo sai de BH pra SP e de lá pra Toronto... já pensou no tamanho do problema se realmente houver atrasos??? Coisas do Brasil!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal imigrante

Eu sempre tive o desejo de morar fora do país, era uma coisa que estava dentro de mim; uma vontade enorme de conhecer novas culturas, viver novos desafios. Consegui realizar este propósito 3 meses depois de formada, aos 23 anos de idade; quando, com só uma mala, sem olhar pra trás, deixei minha família, meus amigos, e parti para os EUA.
Eu não tinha noção das emoções que eu viveria naquele lugar; do quanto a saudade dói e a carência é insuportável.
A gente luta tanto pra chegar lá fora; faz planos, sonha acordado, que, muitas vezes, não pesamos o lado negativo que vem junto ou, simplesmente, não queremos pensar.
O meu primeiro natal como imigrante foi fácil; tudo era novidade, eu estava encantada. Eu tinha um namoradinho, tinha novos amigos, estava com dinheiro pra fazer compras - e os EUA é o paraíso das compras - enfim, eu estava bem, estava vivendo o meu sonho.
Já o segundo natal foi bem diferente. Estava sem namoradinho, não tinha mais novidades; eu estava com muita saudade de casa, da família. Eu olhava as famílias da igreja reunidas e me sentia orfã... eu chorei muuuuuito!!!! Eu lembro que, naquela noite, eu liguei pra quase toda a família, às lagrimas, dizendo que eu os amava... um dia deprimente!!!
Uma coisa boa nos EUA é que a vida não para, então, não tem tempo pra você ficar sofrendo; você tem que trabalhar!!! rsrsrsrsrs... Lá eu trabalhava até o dia 24 e no dia 26 estava trabalhando de novo, ou seja, eu só tinha tempo pra sofrer no dia 25 rsrsrsrssrsrsr... vida dura!!!
Depois do segundo natal, os outros foram melhorando. Eu sentia muita saudade, mas já conseguia levar numa boa. Passei a não me importar muito com a data; aprendi a estar só e a curtir a festa sempre com o pessoal da igreja, que passou a ser minha família também.
Era comum ver os imigrantes recém-chegados chorando, ligando pro Brasil ou recebendo ligações de lá. Sempre tinha àqueles mais sensíveis - que a gente fica com dó só de olhar rsrsrsrsrsrs... - que traziam um "ar" de melancolia pra festa. E os durões, tipo "não tô nem aí"... só fachada!!! por dentro tava todo mundo com o coração pequenininho.
Foram 3 natais sozinhas, ganhando os presentes - se é que pode ser chamado de presentes rsrsrsrsrs... - do amigo oculto. Mas, graças a Deus, o Senhor olhou pra mim em 2004 e pensou: Chega de ficar sozinha Renata!!! estou te enviando o seu "Isaque", o seu prometido, que estará com você a partir de agora. Rsrsrsrsrsrsrsrsrs... e o amor da minha vida chegou dia 20 de dezembro de 2004... o meu natal já foi com um "ar" de "coisas boas vão acontecer" rsrsrsrsrsrsrs...
De 2005 até hoje meus natais não foram mais solitários, porém, também nunca mais foram com a alegria e a curtição da época em que eu passava com toda a família ao redor da árvore, esperando, ansiosamente, pra poder abrir os presentes... é diferente.
Eu, uma imigrante, casei com um imigrante; logo eu percebi que ele, assim como eu, já não curtia a data por ter passado muitos anos sozinho. A gente já não tinha mais a mesma expectativa que as famílias no Brasil tinham. O nosso natal significava ceia e amigo oculto na igreja.
E o incrível de tudo isto é que, ao voltar pro Brasil, a sensação continuou a mesma.
Meu marido é de MG e eu sou da BA, ou seja, sempre passaremos o natal longe de uma parte da família; sem falar na saudade que sentimos das noites de natal da igreja nos EUA; dos amigos, do Pastor; foram muitos anos juntos, não tem como ser diferente. A saudade passou a fazer parte das nossas vidas.
Ano que vem, se assim Deus permitir, o nosso natal será no Canadá; mais uma vez um natal imigrante, longe da família, longe dos amigos, longe da igreja dos EUA, longe da igreja do Brasil, mas perto dos novos amigos, da nova igreja e curtindo as novidades do nosso novo lar... que venha o Canadá!!!!
Feliz Natal a todos os meus amigos blogueiros, aos que já são imigrantes e aos que estão prestes a ser... segurem o coração!!!! a noite de natal vai passar rsrsrsrsrsrsrs...
Isaías 7:14 "Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará seu nome Emanuel."

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Coisas que eu não gosto no natal...

Eu acabei de ler uma matéria no UOL, da revista TPM, sobre coisas que ninguém aguenta mais no natal. Tudo bem que o texto deu uma exagerada, mas, de forma geral, eu achei muita coisa engraçada; consegui me ver em algumas situações e resolvi entrar na brincadeira rsrsrsrsr... Então, segue a minha listinha de coisas que eu não gosto no natal:
1- Eu não gosto das comidas típicas do natal, incluindo o perú e o panetone.
O perú, pelo menos na minha casa, não era lembrado dia nenhum do ano, a gente passava 364 dias sem ele - e ninguém sentia falta - mas do dia 24 pro dia 25 de dezembro, de uma hora pra outra, ele se tornava indispensável...e tome-lhe perú na ceia de natal!!! no dia seguinte sempre tinha muita sobra do pobre perú, porque a maioria, beliscava dele, porém, preferia a carne ou o frango que era servido como segunda opção rsrsrsrsrs...
E o panetone??? oh, coisinha sem graça!!! principalmente, àqueles que são vendido em quantidade nos mercados, com preço bem em conta, e que 99% da população compra... são os piores!!! rsrsrsrsrs... mas, tenho que admitir que tem uns maravilhosamente recheados com chocolate, avelã e outras delícias, que são de arrasar!!! mas o preço também...
2- Participar de amigo-secreto com pessoas "cara-de-pau".
É incrível como 99% das vezes que eu participei, eu dei presente 100% melhor do que eu recebi  rsrsrsrsrs... Com certeza, já aconteceu com você também. Você saiu, "bateu perna" nos shoppings lotados, escolheu um presente bem legal e quando você abriu a sua lembrancinha... SURPRESA!!!! um sabonetinho... ou, pior, aquele presentinho que foi passando de mão em mão até chegar na sua rsrsrsrsrsrs... ninguém merece, né???
Eu lembro de uma das últimas vezes que participei de um amigo oculto, que eu, já imaginando o que podia acontecer, fui conversando com meu marido, pedindo pra ele não se aborrecer - porque ele sempre fica indignado rsrsrsrsrsrs... - caso ele ganhasse alguma coisa muito ruim, que o importante era a gente brincar e etc e tal. Graças a Deus, eu o preparei. Na hora que ele abriu o presente... era nada mais nada menos que uma bermuda florida, estilo hawai, GGGGGGG, GIGANTE!!!! sendo que meu marido usava de P pra, no máximo M... dá pra acreitar??? Ainda bem que ele levou numa boa rsrsrsrsrsrsrs...
3- Deixar as compras pra última hora.
Por que nós, brasileiros, deixamos tudo pro último minuto??? A gente sabe que tem que comprar lembrancinhas, mesmo que seja só uma, e ainda assim, deixamos pra comprar no "rush" do natal. É shompping cheio, trânsito insuportável, filas enormes, um monte de sacolas, criança chorando, empurra-empurra... um desgaste desnecessário em nome do marketing, pois, temos que movimentar o comércio.
4- Papai Noel.
O natal não foi criado com o objetivo de comemorar o nascimento de Jesus??? Que todo mundo sabe que NÃO nasceu do dia 24 pro dia 25 de dezembro. Por que, então, a estrela principal não é Jesus, e sim, um homem que a maioria das pessoas não sabe nem de onde veio??? E por que mentir para os nossos filhos - sendo que a gente ensina a eles que mentir é feio - dizendo que esse homem desconhecido, todo ano vem vestido de vermelho, com um saco enorme de presentes???
Nós dançamos a música que o mercado toca, sem o mínimo de auto-crítica.
Se minha mãe ler esta parte da postagem vai me chamar de radical rsrsrsrsrsrsr... ainda bem que ela raramente lê rsrsrsrsrsr... ela é daquelas que coloca papai noel por toda a casa. E, com certeza, está esperando minha filha chegar pra ver a casa toda enfeitada e abrir os presentes que vão estar esperando por ela na árvore rsrsrsrsrsr... Eu, como mãe, ensino a verdade, e a avó estraga, fazer o quê??? rsrsrsrsrs...
5- Saudade natalina.
O natal é um dia, geralmente, pra se comemorar em família. As propagandas da tv, das revistas, dos outdoors, sempre ilustram as famílias unidas, em amor. E este sentimento fica muito vivo na época de natal trazendo também uma angústia muito grande nas pessoas que perderam pais, filhos, amigos e, que no natal, lembram dessas pessoas de uma forma mais intensa.
Sem falar que, nós imigrantes, muitas vezes comemoramos e vamos comemorar longe da família e dos amigos de infância e, nem sempre, é fácil. Faz parte da nossa vida.
Bom gente, fora essas coisinhas, o natal, pra mim, é um dia muito alegre, que eu curto estar com meu marido e minha filhinha, com meus amigos, com minha igreja. Mesmo longe de boa parte de minha família, com a saudade apertando no peito, ainda assim, eu levo numa boa... também, depois de anos como imigrante, a gente aprende, né???
Quem quiser ler a matéria da TRIP segue o link http://revistatpm.uol.com.br/notas/o-que-nao-aguentamos-mais-no-natal.html

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Novos amigos

Eu estou impressionada com a quantidade de pessoas bacanas que tenho conhecido através do blog. Gente, é incrível como, quanto mais se aproxima o dia da nossa ida pro Canadá, mais temos conhecido pessoas que já estão lá, e muitas outras que estão indo... já estou me sentindo em casa rsrsrsrsrs...
Muitos já se ofereceram pra nos ajudar, nos orientar na chegada, nos levar às igrejas e etc...
Conheci até um Pastor de jovens, da Igreja Batista de Fortaleza, que está morando com a esposa em Vancouver - ele não está exercendo o pastorado, mas nem por isto deixa de ser pastor, né??? rsrsrss... -  é um jovem, não tem nada daquela imagem que as pessoas tem de pastor, sabe??? rsrsrsrsrsrs... e, pelo que conversamos no skype, parece ser uma pessoa muito legal; foi super atencioso comigo, já se ofereceu pra nos ajudar no que precisássemos. O blog dele é o http://clariceegabriel.blogspot.com/
Eu sei que, como em qualquer lugar, Vancouver tem brasileiros bons e outros nem tão bons assim rsrsrsrsrsr... com certeza, lá não é o paraíso rsrsrsrsrsrs... Eu tenho uma amiga que mora em Victoria que me relatou alguns problemas que ela já teve com brasileiros; ela decidiu evitar se aproximar de brasileiros...calma, clama!!! toda regra tem excessão; ela se aproximou de mim rsrsrsrsrsrsrs... 
Mas, falando sério agora, eu entendo o que ela quis dizer. Eu morei 8 anos na Florida e fugia dos mineiros, principalmente, os de Valadares. A fama deles lá era péssima, inclusive, eu não tive boas experiências logo que cheguei lá. Mas o tempo passou, conheci outras pessoas, e umas das minhas melhores amigas hoje é de Valadares, e eu casei com um mineiro rsrsrsrsrsrs... ou seja, nunca dá pra generalizar, né??? 
O Estevam do blog  http://piauiensesnocanada.wordpress.com/ me disse que já tinha conhecido um grupo bom de brasileiros por lá, e que, de vez em quando, eles se reuniam. Pra algumas pessoas isto pode parecer bobagem; sair do Brasil pra se reunir com brasileiros no Canadá, pra quê??!!!
Mas, com certeza, assim como eu, tem muita gente que sente falta de falar um pouco em português, de saborear, entre amigos, aquela comidinha com tempero de casa - que delícia!!! - de rir das nossas piadas - o que nem sempre a gente consegue com as piadas estrangeiras rsrsrsrsrs... - de ficar com o "ar" saudosista das maravilhas do nosso Brasil; de falar mal do Lula, da Dilma rsrsrsrsrs... e outros falarem bem - sempre tem os que defendem, né??? rsrsrsrsrs... - enfim, é bom lembrar que somos brasileiros, mesmo já sendo canadenses rsrsrsrsrsrsr...
Outra coisa que eu tenho visto é que, a cada geração de novos emigrantes que vai se formando, novos blogs vão sendo criados, novos grupos de amigos vão surgindo... porque eu lembro que quando comecei o meu processo eu acompanhava alguns blogs que hoje estão quase abandonados, outros até foram deletados. E agora eu vejo que muitos dos amigos que estou fazendo através do meu blog são pessoas que acabaram de chegar no Canadá, outros que estão indo, e poucos que estão começando o processo; ou seja, o ciclo não para. Eu mesma já conheço um grupinho bom que está sempre "blogando"; sempre lê os posts novos, sempre participa, comenta, dá opinião... são pessoas que a gente nunca viu, mas acaba sendo de casa rsrsrsrsrsrs... a gente vai se conhecendo, dividindo anugústias, alegrias, ansiedades, frustrações, enfim, acaba criando uma amizade.
Eu espero que, com a vida no Canadá, eu não perca o ânimo de escrever aqui. É claro que os assuntos vão mudar com o tempo, como a gente vê no blog http://ocanadamequer.blogspot.com/ da Simone, que já tem um tempinho de Canadá e faz postagens sobre diversos assuntos. Porém, o importante é não parar, porque se não, fica parecendo que a gente sumiu do mapa, deixou a história incompleta rsrsrsrsrsrs... Vamos continuar a blogar gente!!!!!!
Em falar em dar continuidade a história: sabe o festival que os jovens da minha igreja iam participar??? pois é, eles não ganharam; mas ficaram muito felizes de terem participado. Eles se espantaram com a quantidade de pessoas que assistiram e cantaram a música... foi emocionante!!! A experiência, em si, já foi uma grande vitória pra eles.
Outra coisa: Lembram que eu escrevi sobre uma jovem que tinha aparecido na igreja, e que eu achava que poderia estar me substituindo quando eu fosse embora??? não deu certo. A menina está cheia de problemas pessoais e está indo embora pra BH... mais uma coisa pra me preocupar: quem vai fazer o trabalho que eu tenho feito quando eu partir???
Por hoje é só, amanhã, se eu tiver um tempinho, escrevo mais.... ah!!! a arrumação das malas anda à mil, quem sabe eu não consigo terminar antes da semana que vem, né??? rsrsrsrsrs...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Arrumando as malas...

Gente, o negócio aqui tá difícil!!!! mal comecei a organizar as coisas e já estou exausta rsrsrsrssr... é muita coisa!!! tira daqui, coloca dalí; arruma, desarruma, enfim, muuuuuuito trabalho!!!!
A minha ideia era tirar o dia de hoje pra começar a ver o que eu vou levar, o que vai ficar e o que será doado; mas as coisas não são tão simples assim. Às vezes eu olho pra uma roupa que eu já não uso há muito e penso: esta aqui eu vou dar. Aí de repente eu escuto minha mente dizendo: Mas está tão boa, tão nova, e se você precisar dela??? E eu fico em dúvida rsrsrsrsrsrs...
E os livros??? alguns eu não leio há anos, mas na hora de separá-los dá um aperto no coração e a minha mente começa a me pertubar de novo: Nossa, mas este livro é bom demais!!! você vai ter coragem de deixar??? eu não acredito!!!
E, por experiência própria, muita coisa que você deixar você nunca mais vai usar. O tempo passa, a moda muda, você vai adquirindo novas roupas, outros livros, enfim, quando você for ver, você já nem quer mais as coisas que você deixou, com o coração apertadinho, pra trás rsrsrsrsrss... Eu sei disto porque já aconteceu comigo 2 vezes: a primeira quando saí do Brasil para os EUA e depois dos EUA pro Brasil. A segunda foi pior, muuuuito pior. Nós pagamos $6.000 dólares - muito barato se comparado com os preços que tenho visto de mudanças do Canadá pro Brasil - pra trazer tudo, quero dizer, quase tudo rsrsrsrsrsr... a gente sempre tem que abrir mão de algumas coisas!!! E ainda assim, só de pertences pessoais como: roupas, sapatos e coisas que estávamos usando no dia-a-dia, que não puderam ir na mudança, foram 11 malas!!! Agora imaginem entrar no aeroporto, pegar a fila do check-in, desembarcar e passar pela PF com 11 malas... foi estressante!!! Sem falar que pagamos $600 dólares de excesso de bagagem e uma das nossas malas foi arrombada. Levaram um aparelho que recarrega bateria de carro. 
Eu sei que, desde que chegamos no Brasil, não desmontamos a mudança. Moramos numa casa toda mobiliada e não precisamos usar nada do que trouxemos. De vez em quando, muito raramente, eu abro uma ou outra caixa pra procurar alguma coisa, e, então, me deparo com roupas, livros, dvds, tanta coisa!!! Tem roupas que eu tirei das caixas achando que iria usar aqui. Quando eu encontrava alguma que fazia parte das minhas preferidas, eu ficava numa alegria só; pedia a minha empregada pra lavar, passar; eu guardava, e sabe o que acontecia depois??? Só serviram pra ocupar espaço no armario - ai, que saudade dos closets americanos!!! - e agora estão indo pro bazar da igreja, não tem segunda chance pra elas.
Graças a Deus e a alimentação saudável do interior, desde que cheguei no Brasil eu já perdi uns 6 quilos, então muitas roupas que eu trouxe já não me servem mais; e eu não posso ficar guardando pra, caso eu engordar, tê-las pra usar. A meta é sempre perder peso e nunca ganhar, né??? rsrsrsrsrsrsrs...
Eu só estou no começo dessa aventura, acho que só vai dar pra deixar tudo no jeito, malas prontas mesmo, lá pro dia 2 ou 3 de janeiro, antes disto é milagre rsrsrsrsrsr...
Sem falar que eu ainda tenho outro desafio: eu vou primeiro à Salvador - alto verão, sol e calor rsrsrsrsrs... - e depois pro Canadá - alto inverno, frio, vento e muuuuuita neve, ao que tudo indica - ou seja, 2 tipos de roupas e estações pra viagens próximas e poucas malas... seja o que Deus quiser rsrsrsrsrsrs...

domingo, 19 de dezembro de 2010

E a vida segue...

Antes de começar esta postagem, eu gostaria de agradecer as mensagens de apoio que tenho recebido, as orações, as palavras de ânimo, enfim, muito obrigada!!!!
Bom gente, como eu disse no post anterior, independente de qualquer situação, eu não pretendo parar a minha vida; não quero ser do tipo que sofre com antecedência, que senta e fica reclamando, que fica triste ou, até mesmo, revoltada com Deus diante das adversidades da vida; eu prefiro seguir em frente.
Sendo assim, logo que cheguei em casa na última sexta, um dia depois da minha cirúrgia, procurei saber como estavam as coisas na igreja e fui com o meu marido e filha, pra acompanhar o grupo de jovens, no show da Ludmila Ferber - cantora evangélica - na cidade de Águas Formosas, há aproximadamente 40 minutos de onde eu moro. Meu marido até que tentou me persuadir pra que eu desistisse de ir; mas, entre ficar em casa "olhando pro teto", e me divertir com as pessoas que eu gosto louvando a Deus, eu fiquei com a segunda opção rsrsrsrsrsrs... e valeu muito à pena!!! o show foi lindo, as músicas maravilhosas, e eu fui super paparicada pelos jovens da igreja rsrsrsrsrsrsrs... Claro que tudo isto sentadinha, sem nenhuma extravagância.
O sábado e domingo também foram normais; participei dos trabalhos da igreja, saí com meu marido, levei minha filha pra tomar sorvete; tudo como sempre.
Graças a Deus não tenho sentido nenhuma dór, nenhum incômodo. A única coisa diferente é que não tenho carregado minha filha no colo e nem feito esforço.
Mas falando em Canadá: eu tenho "mil" coisas a fazer, o tempo não está mais lento porque eu tenho enfrentado problemas rsrsrsrsrsr... pelo contrário, parece que o mês de dezembro está "voando", daqui há menos de 2 semanas o mês acaba, e eu ainda tenho "zilhões" de coisas pra resolver pré-Canadá. Sem falar que antes do Canadá eu vou ter que ficar dois dias em BH pra resolver algumas pendências no HSBC e me despedir de alguns amigos, depois vou à Salvador me despedir de minha família; ou seja, 3 viagens logo nas primeiras semanas de janeiro... O mês promete ser beeeeeeeeem cansativo!!!!
Eu não sei se vocês sabem - pelo menos eu não vi nos blogs que visito - mas tem um monte de gente me falando que o Canadá vai passar - ou já está passando - pela pior nevasca dos últimos tempos. O frio em janeiro parece que vai ser de arrasar, inclusive em Vancouver, para o desespero de meu marido rsrsrsrsrsrs... Ele não se dá bem com o frio muito intenso rsrsrsrsrssrrs... 
Ah! vamos chegar com as roupas de frio básicas - e seja o que Deus quiser rsrsrsrsrs... -  porque vamos deixar pra comprar tudo por lá... motivo??? o preço rsrsrsrsrs... lá é muito mais em conta do que aqui no Brasil, e as roupas são perfeitamente adequadas pro clima local. Não acredito que compense ocupar malas e pagar o triplo do preço levando roupas daqui.
Pra finalizar, eu separei uma música que toca muito no meu coração pra dividir com vocês. Fala um pouco da confiança que temos que ter em Deus nos momentos das adversidades.
Se você, assim como eu, também está enfrentando um momento delicado na vida, confie em Deus que Ele vai te fazer andar sobre as águas. Ele não desampara seus filhos; em todos os momentos Ele se faz presente na vida dos que o invocam.
Is43:2 "Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão, quando passares pelo fogo, ele não te queimarás, nem a chama arderá em ti."

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Uma pedrinha no caminho

Eu andei sumida nos últimos dias, mas não foi por vontade própria; minha vida deu uma guinada inesperada... Como vocês sabem, minha ida pro Canadá está bem próxima e, por isto mesmo, eu estava fazendo alguns exames de rotina; como qualquer pessoa prudente deve fazer antes de emigrar.
Há pouco tempo eu comecei a observar um seio diferente do outro, era como se o bico estivesse invertendo. Na semana passada eu fui à ginecologista e pedi que ela desse uma olhada. Ela me examinou mas não deu muita importância, disse que por eu não ser do grupo de risco - não bebo, não fumo, não uso drogas, não tenho casos de câncer na família e tenho menos de 35 anos de idade - que eu não deveria me preocupar. Mas, ainda assim, eu insisti e ela me deu o pedido pra uma mamografia. Segundo ela, era uma coisa só pra desencargo de consciência. Eu consegui fazer a mamografia no mesmo dia; e já pra minha surpresa, a técnica que conduziu o exame já foi me dizendo que mesmo que a mamografia não desse nada, eu deveria fazer um ultrasound pra ter certeza porque ela não estava achando o meu seio normal... Isto foi a técnica falando!!!
Eu peguei o resultado na última terça pela manhã e fui mostrar pra ginecologista. O resultado da mamografia não foi conclusivo, porém, sugeria que se continuasse com as investigações porque havia suspeitas. Assim que ela olhou, me disse que eu precisaria de um ultrasound pra complementar os exames e que eu deveria começar a repensar os meus planos de viagem... e agora??? O que pensar diante de palavras tão assustadoras??? Eu, como de costume, olhei pra Deus, busquei NEle paz, e perguntei à médica: Dra. será que você poderia pedir pra que o meu ultrasound fosse feito hoje??? Ela ligou pra clínica e conseguiu que me atendessem pela tarde.
Ao chegar na clínica eu vi que tinha um mastologista que atendia lá, então, eu pensei comigo: mesmo que não dê em nada, eu vou mostrar os exames pra um especialista... E conversei com a secretária pra vê se ele poderia me atender, e ela disse que ia ver o que podia fazer por mim.
Depois de um tempo de espera, tempo que aproveitei pra conversar com Deus, me fortalecer na confiança que eu tenho NEle, me chamaram pro ultrasound. A médica, muito educada mas seca, me perguntou o motivo do exame e pediu pra olhar o resultado da mamografia; e aí veio mais uma frase de arrepiar: Hum, não estou gostando da sua mamografia... Ok, Deus, eis-me aqui, independente de qualquer coisa, eu confio em Ti... Eu só pensava em focar meus olhos NAquele que é poderoso pra mudar qualquer situação. Eu não quis me deixar abater pelo tamanho do problema, porque o Deus que eu prego e confio é muito maior do que qualquer problema... não foi fácil, não é fácil, mas ou você acredita ou você não acredita. O não acreditar é o caminho que leva ao desespero, a angústia, a dór...não pra mim!!! Eu acredito em Deus e NEle eu tenho esperança, conforto, consolo, direcionamento, refúgio em meio as lutas. Pra alguns pode ser ignorância, mas pra mim é razão de vida.
No ultrasound a médica conseguiu achar um nódulo e ligou pra secretária do mastologista pedindo que ele me atendesse naquela mesma tarde...tudo isto na última terça. Saí do exame e voltei na ginecologista; ela olhou e me disse que era necessário continuar com a investigação, e me perguntou: O que você vai fazer agora??? Eu respondi tanquilamente: vou ao mastologista e ver o que tenho que fazer.
E ela, um pouco surpresa com minha tranquilidade, continuou: E os seus planos de viagem??? Eu continuei com a maior calma: Não muda nada até eu ter o último resultado. Se Deus me quiser no Canadá, Ele não vai permitir que eu tenha nada de sério; se vier alguma coisa de ruim, o que me resta fazer??? é tratar e seguir em frente. A vida é assim.
De lá voltei à clínica pra ser consultada pelo mastologista. Foi uma consulta tranquila, o médico muito educado também, me examinou, olhou os exames e me disse claramente: Você tem um nódulo no seio muito pequeno que nem dá pra ser apalpado, tem menos de 1cm. Na quinta-feira à tarde eu vou te operar, vai ser uma cirúrgia simples, vou retirar o nódulo e mandar pra biópsia em BH porque eu suspeito que seja maligno, pelo formato, pela consistência e pela localização.
Eu perguntei a ele se era melhor eu operar em BH ou em Salvador, por serem capitais, e por minha família ser de Salvador e eu ter acesso a bons médicos lá; mas ele me disse que a mesma cirurgia que ele faria em mim é a que é feita em BH, portanto, seria bobagem viajar às pressas pra isto, ainda mais final-de-ano, com muitos médicos saindo de férias. E eu também pensei: O mesmo que Deus que vai estar comigo em BH é o que vai estar comigo aqui, seja o que Deus quiser, vou operar aqui mesmo!!!
A terça foi de grandes emoções, eu e meu marido até cogitamos ficar em Teófilo Otoni já pra cirurgia, mas resolvemos ir pra Pavão, onde eu moro, pra passar à noite, fazer sacola e etc. No caminho eu pensei até em cancelar o estudo que eu daria pra algumas pessoas, mas mudei de ideia, decidi não parar minha vida por nada. Cheguei, tomei banho, orei a Deus, dei minha aula normalmente, e, só no final, expliquei a minha situação e pedi que a igreja estivesse orando por mim.
A quarta foi de exames, de visitas à Unimed, e de muuuuuita oração. Visitamos uma igreja à noite, o culto foi maravilhoso e o Pastor foi usado por Deus pra falar ao meu coração, foi uma bênção!!!
Na quinta pela manhã fiz o agulhamento. É um procedimento feito pelo mastologista junto com a médica do ultrasound que consiste em localizar o nódulo com uma agulha, pra saber o lugar certo que será cortado pra retirada do nódulo...dói muuuuuuuuuuito!!!!! principalmente no meu caso que o nódulo era muito pequeno.
De lá fui pro hospital, esperei, aproximadamente, umas 2-3 horas pela cirurgia; não vi nada, não senti nada, tudo deu certo, e o médico não conseguiu ver o nódulo, de tão pequeno que era, pra avaliar as probabilidades de ser ou não maligno...o resultado vai demorar pra sair por causa dos feriados que se aproximam, só vou ter o resultado dia 6 de janeiro... Eu sei que é muito tempo, minha família já gritou, já esperniou, mas não tem jeito, coisas do interior!!!
Bom gente, agora só me resta esperar o resultado sair pra definir minha vida. O que até agora está certo é que dia 9 de janeiro estarei chegando em Salvador e dia 18 estarei embarcando pra fazer o landing no Canadá, mesmo que seja pra entrar e voltar em poucos dias.
A vida é assim, cheia de surpresas. Não devemos perder tempo questionando, murmurando, brigando com Deus. Coisas boas e coisas ruins acontecem com qualquer um.
A bíblia conta a história de um homem chamado Jó. Jó, de uma hora pra outra,  perdeu tudo o que tinha de dinheiro, de propriedades; depois perdeu os filhos, e, logo em seguida, a saúde. Ele era um homem bom, temente a Deus, que se desviava do mal. O sofrimento dele era tanto que a sua própria mulher o disse: Amaldiçoa o teu Deus e morre!!! E sabe o que ele respondeu??? Jó2:10 "Falas como uma louca mulher; temos recebido o bem de Deus e não recebríamos também o mal???
Não importa o quão difícil a situação possa estar, ainda assim, a nossa confiança em Deus deve permanecer inabalável, porque Ele tem o controle de tudo; Ele sabe de tudo, Ele vê o que os nossos olhos não podem ver.
Sl23:4 "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam."

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Aprendendo a viver

Acabei de chegar do hospital, quero dizer, do que eles chamam aqui de hospital. Eu falo assim porque, nem de longe, tem a estrutura que um hospital de verdade deveria ter; a começar por médicos de plantão, não tem nenhum.Quando um paciente chega em estado grave, as poucas enfermeiras, que também são recepsionistas, ligam pro médico, que, só com a sorte elas conseguem localizar, pra que ele apareça por lá pra analisar o caso; ou seja, é só Deus na causa!!! Coisas do interior do Brasil...
Mas voltando ao assunto: eu fui lá pra visitar uma amiga que tinha tido neném. Não era hora de visita, já passava das 10:30 da noite, porém, eu queria muito vê-la; e é lógico que não quiseram me deixar entrar de primeira, eu tive que insistir muuuuuito até a enfermeira ceder e me deixar entrar. Consegui ver a minha amiga e o bebê, lindo por sinal!!!
Essa minha amiga é uma pessoa maravilhosa, é daquelas pessoas doces, prestativas, que abraça os trabalhos da igreja com muito amor, sabe??? Ela foi a minha primeira amiga aqui. É uma pessoa muito humilde, batalhadora; casou muito nova e quando eu a conheci, ela já tinha 3 filhos. E, pra evitar um quarto, tomava injeções anticoncepcionais no posto de saúde. Até que o médico que prescrevia a receita pra ela resolveu trocar o medicamento sem maiores explicações, e nessa, ela engravidou pela quarta vez... isto mesmo, quarta vez!!! Quando ela soube que esperava mais um filho chorou muito; criar 3 filhos com um salário mínimo já estava difícil, imagine 4 filhos. Mas ela, como uma serva de Deus, entendeu que era preciso confiar no Senhor, se acostumar com a ideia de ter mais um filho, e ama-lo muito, porque, mesmo sem ter sido planejado, ele era um presente de Deus pra vida dela.
Pois bem, Asafe - nome bíblico de um ministro de louvor - nasceu perfeito, saudável, deixando o pai, os familiares e os amigos muito felizes com a sua chegada.
Era um dia pra ser marcado pela alegria, mas, infelizmente, ao mesmo tempo que muitos estavam comemorando à vida, pelo nascimento de Asafe, muitos outros estavam chorando suas perdas na cidade. É que dois jovens, um moço e uma moça, estavam sendo velados hoje, por terem falecido ontem num trágico acidente de carro quando voltavam da faculdade, localizada numa cidade vizinha, há 1 hora e meia daqui. As estradas daqui são muuuuuuito perigosas!!!
Como eu moro numa cidade pequena, notícia ruim aqui se espalha como rastro de fogo, na maior velocidade. Quando alguém morre, a cidade inteira fica sabendo. Aqui ainda é um lugar que as pessoas se identificam pelos apelidos ou pelos sobrenomes, todo mundo se conhece.
Diante desses dois fatos: o nascimento de Asafe e a morte dos dois jovens, eu fui levada a refletir como que a nossa vida é passageira, como que num mesmo dia crianças nascem, e outros morrem; é o ciclo da vida que não para. Uns se alegram com a chegada de mais um membro na família, e outros sofrem com a despedida precoce de seus entes queridos.
Agora eu quero te convidar a refletir comigo: Às vezes nos desgastamos tanto com os problemas do dia-a-dia; com as contas que estão atrasadas; com a bagunça do marido; com a desobediência dos filhos, enfim...que esquecemos de viver a vida de forma plena, deixamos a vida passar. Guardamos mágoas, raiva, às vezes somos levados a odiar, mesmo que sem querer, e não pensamos que tudo isso é tão pequeno se olhado da perspectiva de que a qualquer hora podemos não estar mais aqui... não é assim???
A vida é tão curta!!! não podemos jogá-la fora por coisas sem importância...
Meu marido tem a mania de ficar fazendo planos pra daqui há 3, 4 anos. Ele chega ao cúmulo de discutir comigo por causa dos namoros que minha filha vai ter na adolescência, e ela só tem 2 anos e meio rsrsrsrsrsrsr... ou seja, sofre por algo que a gente nem sabe se vai ver acontecer. Eu tenho que sempre lembrar a ele que o nosso futuro pertence a Deus, que não adianta ficar ansioso, estressado; nós devemos é viver bem o hoje, e deixar o amanhã pro Senhor direcionar.
Pense você em quantos momentos você já deixou de desfrutrar por causa de uma briga, de um mal-entendido. Quantas vezes você se irritou, se estressou por bobagens, por coisas insignificantes, passageiras??? Não vale à pena!!!
Não podemos valorizar as pessoas que amamos só depois que elas morrem, precisamos aprender a valorizá-las hoje, agora.
Uma das coisas que eu tenho buscado ultimamente é qualidade de vida, seja fisicamente falando, quanto emocionalmente e espiritualmente.
Morar no Canadá pode proporcionar uma vida melhor no que diz respeito à segurança, as oportunidades, porém, isto não é tudo que uma pessoa precisa; as pessoas precisam querer ser felizes com a vida que têm. Isto independe de país, tem mais haver com atitude.
Morar no Canadá - um país lindo, seguro, mais justo do que o Brasil - e levar uma vida estressada, nervosa, insatisfeita, sempre querendo mais e mais, de que serve??? Pra mim, não serve de nada... troca-se de país, de cenário, mas a vida continua a mesma: Infeliz.
Lc12:20-21 "Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, pra quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus."

A hora tá chegando...

É incrível como neste último mês aqui no Brasil, Deus tem me dado o privilégio de conhecer - pela net rsrsrsrs.. - pessoas tão bacanas tanto aqui no Brasil quanto no Canadá. Através dos blogs tenho conhecido pessoas especiais.
Como eu vivo no interior, não dá pra fazer ou participar dos encontros com famílias que estão no processo; como geralmente acontece nas capitais, eu sou a única da cidade inteira que está indo pro Canadá rsrsrsrsrs...
Bom, meus queridos e novos amigos, a hora tá chegando e eu não fiza nada, nada mesmo; as únicas coisas que já estão certas são: as passagens, que já estão compradas; o carro, que já foi vendido; e a conta do HSBC, que já foi aberta; não fizemos nada além disso. Aí você pode estar se perguntando: E o que falta???
Eu ainda não reservei hotel, não contratei o seguro médico para os primeiros meses, não aluguei o carro... por falar em carro, a Enterprise enterprise.com está com os preços bem em conta, vale à pena dar uma olhada. O Gabriel, um dos meus amigos bloggeiros, me passou o site e ele mesmo já conseguiu alugar carro por uma semana por apenas $140 dólares.
O que mais falta??? tudo!!! Ainda não arrumei as malas, não acabei meus exames, não coloquei os documentos em ordem, não fiz as procurações que tenho que deixar, não correi atrás da carteira internacional, não transferi dinheiro pro Canadá, não comprei dólares, enfim, estou fingindo que não estou indo ou não quero cair na real de que a hora está chegando rsrsrsrsrsrsrs...
Ontem eu recebi uma mensagem no orkut de um dos meus jovens da igreja dizendo mais ou menos assim: Eu já estou triste de pensar que você está indo embora e vai me deixar aqui, mas eu nuca vou te esquecer, você vai ficar marcada em minha vida... Como é que eu posso querer ir embora??? meu coração parte com essa declarações de carinho... Mas hoje eu acordei decidida a colocar a minha listinha de prioridades no papel e começar a agilizar a minha vida; não dá mais pra fingir que eu não estou indo embora; o tempo tá passando e eu não quero passar pelo sufoco que passei na vinda dos EUA pro Brasil. Ficamos até às 2:00 da manhã arrumando malas - com a ajuda de uns 5 amigos da igreja - porque tínhamos deixado tudo pra última hora; chegamos no aeroporto às 3:00 e o vôo saia às 5:00...uma loucura total!!! eram 11 malas enormes!!! quando chegamos no Brasil não conseguíamos achar nada, porque arrumamos do jeito que deu, na pressa ninguém tinha como organizar nada direito. Meu marido ficou tão traumatizado com as 11 malas que agora ele já disse que nós só levaremos as malas que temos direito, 2 malas por pessoa e só rsrsrsrsrsrsrs...
Bom gente, meu marido está querendo usar o meu laptop, o dele não está funcionando há 3 dias e estamos dividindo o meu, então, nos vemos na próxima postagem...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

As reviravoltas da vida

Como vocês já sabem, atualmente eu estou morando no interior de MG, em uma cidade muuuuuito pequena; tão pequena que não tem cinema, restaurante japonês - muito menos chinês ou italiano rsrsrsrsr... - shopping, não tem quase nada rsrsrsrsrsrsrs... O ponto-de-encontro da cidade é a pracinha principal que tem um grande e lindo chafariz no meio, e só rsrsrsrsrsrs... Talvez você esteja pensando: "Como é que você foi parar aí???" ou "Como é que você aguenta morar num lugar assim???" rsrsrsrsrs... Primeira resposta: Deus olhou pra mim e achou que eu combinaria com um homem do interior.
Um belo dia, enquanto eu estava sentanda saboreando um delicioso churrasco no aniversário de um amigo meu na Florida; de repente, um rapaz parou na minha frente e me olhou como se estivesse hipnotizado...nesse momento uma voz disse no coração dele: É essa a sua esposa. E eu, sem saber de nada, nem olhei pra ele. Pois bem, ele, então, se aproximou e perguntou o meu nome, eu respondi, e ele me perguntou de onde eu era, eu respondi que era de Salvador; mas nesse momento ele pareceu estar em outro lugar, ele estava meio em outro planeta rsrsrsrsr... e me perguntou com a cara de quem está nas nuvens: Você é de onde mesmo??? Eu disse: Salvador, Bahia!!!
Ele, então, pra se aproximar de mim, sentou do meu lado, mas eu, sem perceber, depois de uns 5 minutos, levantei e fui embora. Não por causa dele, simplesmente, fui pra casa. Dois dias depois o telefone tocou, era ele; ele se apresentou muito educadamente - eu nem lembrava dele, do rosto, de nada - e eu, meio que pra cortar, fui logo dizendo: Olha, eu não estou procurando um namorado, eu estou procurando um marido, se não for pra casar pra mim não serve kkkkkkkkkkkkk... eu disse mesmo!!!! curta e direta, sem meias palavras rsrsrsrsrsrsrs... Ele podia ter corrido de mim naquela hora, mas ele gostou e nós começamos a conversar... Nos falamos todos os dias, durante ums semana, pelo telefone, e já no final da semana fomos jantar juntos. Ele me levou a um restaurante maravilhoso!!! foi cavalheiro em tudo; abriu as portas pra eu entrar, em nenhum momento foi invasivo, não encostou em mim, sem falar que ele estava lindo... em determinado momento, quando ele veio andando na minha direção - parecendo cena de filme rsrsrsrsrsrs... - Deus falou no meu coração com uma voz suave: Você vai casar com ele... Falou mesmo, era uma voz que trazia paz, certeza, sabe??? Porque quando Deus fala não há dúvida, não há medo, Ele traz paz... saí daquele restaurante com a certeza de que eu já estava noiva, mesmo sem ele ter falado nada rsrsrsrsrsrsrs... Liguei pra uma amiga e irmã de oração,  daquelas que é só ligar que ela já entra na intercessão; contei sobre o meu pretendente e ela marcou de nos encontrarmos pra nós estarmos orando a esse respeito.
Liguei também pra minha mãe no Brasil, às 6:00 da manhã, pra dizer que eu ia casar rsrsrsrsrsrs... quase a matei do coração rsrsrsrsrsrs... ela foi logo dizendo: Você é maluca!!! você nem conhece esse homem, e se ele for um psicopata???? Renata, você é doida e quer me deixar maluca!!!! kkkkkkkkkkkk...as mães sofrem, como sofrem!!!
Minha amiga me levou pra oração; era só eu, ela e mais duas pessoas; e ela, na oração disse assim: Espírito Santo de Deus, se esse homem é realmente o marido que o Senhor tem pra Renata, acorde ele agora e coloque amor no coração dele... Depois disso oramos mais um pouco e fomos embora. Quando eu olhei pro meu celular tinha uma chamada perdida e uma mensagem; fui, então, ouvir a mensagem, e a mensagem dizia assim: Renata, eu estava dormindo quando o Espírito Santo de Deus me acordou e eu queria que você soubesse que eu te amo. Resumo da história: Casamos em 40 dias, isto mesmo, somente em 40 dias; conheci ele no dia 20 de dezembro, casamos no dia 30 de janeiro. E já temos 7 anos de casados rsrsrsrsrs...
Como eu casei muuuuuuuito rápido, eu não tive tempo pra conhecer muito da vida dele, nem ele da minha. Eu casei sem saber que ele era do interior, que tinha fazenda, que ele pensava um dia morar lá, coisas básicas, sabe??? eu só tinha a certeza de que ele era o homem que Deus tinha pra mim. Isto pra mim já era o suficiente porque se Deus estava me dando ele, é porque ele era o melhor pra mim; um pai de verdade não dá nada de ruim pra um filho, quem dirá Deus, que é muito mais do que um pai.
E foi assim que eu vim parar aqui, casando com um homem que pertence a uma família de fazendeiros rsrsrsrsrrsrsr...
Segunda resposta: Eu tenho certeza de que Deus me deu o meu marido, sendo assim, não é uma coisa que eu posso trocar a cada vez que as coisas não estejam bem. O meu marido decidiu, por "n" motivos, que nós deveríamos passar um tempo aqui no interior organizando as coisas, e eu tive que apoiá-lo. Agora, o conseguir ficar aqui, no começo foi bem difícil; confesso que muitas vezes pensei em largar tudo e ir embora... Eu, criada em capital, formada, depois de morar em Boca Raton - uma cidade maravilhosa na Florida - vim parar em Pavão!!! que, pra mim, nem existia no mapa; imaginem como eu me senti... eu me senti um "peixe fora d`água"!!!
Mas quem crer em Deus e confia NEle, não se deixa vencer pelas lutas. É nos momentos mais difíceis que nós buscamos, em oração, a força e o direcionamento daquele que nunca falha.
Eu não tinha vontade de sair de casa, passava o dia vendo o tempo passar; ficava constantemente me perguntando: O que eu vim fazer aqui??? Porém, eu não deixava de orar, de dividir com o Senhor minhas angúsitias, ansiedades, eu pedia que Ele, de alguma forma, me mostrasse o por quê de eu estar passando por tudo aquilo.
O começo foi difícil, mas, o tempo foi passando, e eu fui vendo a mão de Deus. Comecei a observar o quanto eu estava sendo abençoada em poder acompanhar, tão de perto, a primeira infância da minha filha. Comecei a notar a alegria dela com os bichos da fazenda - ela é apaixonada por cavalos, corre atrás das galinhas, brinca com os gatos e cachorros... - em como ela estava se socializando bem com as crianças da vizinhança, da igreja, da pracinha; sem falar da alimentação, quase toda vinda da fazenda de meu sogro, sem agrotóxicos, tudo muito saudável.
Comecei a abrir meu coração pra cidade, fui me envolvendo na igreja, fazendo amigos; meus dias começaram a ficar cheios. O pastor, ao ver minha disposição, foi me dando tarefas; eu assumi a turma dos jovens na EBD, passei a ministrar na igreja, quando eu vi, eu já estava com uma nova família... Hoje eu posso dizer que gosto mais daqui do que meu marido; gosto tanto que cheguei a propôr ao meu esposo ficar aqui mais um ano, só pra não me afastar dos jovens que tenho discipulado.
Moral da história: Se você já emigrou ou quer emigrar, o começo nem sempre é fácil, mas isso não significa que você tomou uma decisão errada. As dificuldades existem em qualquer lugar, mas elas passam, é só abrir o coração e confiar de que Deus está no controle pra te direcionar e fortalecer.
Falo com conhecimento de causa, afinal, saí dos EUA pra Pavão, e consegui me realizar e ser feliz; quem dirá quem sai do Brasil pro Canadá rsrsrsrsrsrsrsr...
Falando sério agora, se nós estivermos bem com nós mesmos, nós fazemos o lugar.
Se estamos bem em família, como casal, os problemas nos une, as dificuldades nos fortalece, superamos tudo com muito amor; mas, por outro lado, se já não estamos bem, o céu fica cinza, o paraíso vira deserto, e nada tem graça...
Pv4:25-26 "Os teus olhos olhem para frente...pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados."

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"Quando tudo diz que não..."

Já há algum tempo eu acompanho blogs sobre o Canadá, quero dizer, há muuuuuuuuito tempo rsrsrsrsrs...desde que surgiu a ideia de ir pra lá há quase 4 anos rsrsrsrsrs...ou seja, já deu pra ler sobre as experiências de muita gente; mesmo sem saber o nome das pessoas, ou mesmo o nome dos blogs de cabeça, eu lembro de muitas histórias interessantes, outras marcantes.
Tem alguns blogs que me chamam uma atenção especial, como por exemplo: o de casais que fizeram todo o processo super animados, empolgados, unidos, em sintonia, e que quando chegaram no Canadá, quando as lutas começaram a aparecer, as postagens foram diminuindo, os textos foram ficando tristes e, de repente, os blogs foram deletados ou abandonados. Outro tipo de blog e de postagem que me "toca" também é o daqueles que desistiram do processo por alguma dificuldade encontrada no caminho; e é sobre esses que eu quero falar hoje.
Eu estava visitando alguns blogs por esses dias, como sempre faço, e encontrei um casal - não lembro de que blog - que não alcançou a pontuação mínima do skilled workers, tendo o processo negado. Diante desse fato, eles, pelo que li, desistiram da ideia de imigrar pro Canadá. Assim como esse casal, eu também li há algumas semanas, duas outras famílias que tiveram seus processos negados por outras razões... A tão sonhada "porta" canadense se fechou pra eles. Eu não consigo ler essas histórias sem me colocar no lugar desses casais, dessas famílias, não tem como não se imaginar na mesma situação. Pra mim chega a ser fácil saber o que eles estão passando porque eu mesma senti na pele a frustração de ter o meu tão esperado processo cancelado da noite pro dia... não foi fácil, mas como cada pessoa reage de um jeito diante de uma porta que se fecha, no meu caso, eu optei por não desistir.
Nas minhas incansáveis pesquisas no google sobre o Canadá, certa vez encontrei um cara revoltadíssimo com o país; ele estava em uma verdadeira campanha contra a imigração de brasileiros pro Canadá por ter tido seu visto de trabalho negado. Ele tinha sido convidado por uma empresa canadense pra trabalhar lá, estava tudo certo, todos os documentos em ordem - segundo ele -  mas teve o pedido de visto negado pelo consulado por não ter provado que voltaria pro Brasil assim que o contrato de trabalho acabasse.
O caso desse rapaz é interessante, e me chamou atenção, pela revolta que ele desenvolveu contra o país por ter recebido um "não". Mas aí eu penso que, se nós pararmos e nos entregarmos à revolta, à ira a cada "não" que recebemos, nós estamos perdidos!!! Quem está no mercado de trabalho sabe do que estou dizendo; quantos "nãos" recebemos pra conseguir o primeiro "sim"???
Eu lembro que nos EUA eu tive que ir pra inúmeras entrevistas, recebi vários "I will call you...", desanimei em muitos momentos, até que um dia uma porta se abriu...e não era qualquer porta, era a porta de uma empresa canadense de grande porte com filial na Florida... e se eu tivesse desistido pelos muitos "nãos" que recebi???
Esse rapaz do visto negado poderia ter olhado as coisas por um outro ângulo, tipo: Me negaram, mas Deus está no controle, vai ver que não era o melhor momento agora, mas vou estudar o francês - ou inglês - vou juntar uma grana, vou correr atrás dos pontos e vou aplicar como imigrante... ele poderia ter escolhido lutar pelo seu objetivo. O problema é que desistir e se entregar é sempre o caminho mais fácil.
Quando eu soube que o meu processo tinha sido cancelado, eu senti uma frustração enorme, todos os meus planos e sonhos estavam indo por "água abaixo", meu marido, então, foi logo dizendo: Deixa isso pra lá, vai ver que não é pra gente ir mesmo... Eu poderia ter ficado arrasada, ter ficado com raiva e ter desistido, como uma grande parte faz; mas não, eu não desisto fácil rsrsrsrsrsrsrs... principalmente, quando é algo que Deus colocou em meu coração; e eu tenho certeza que o Canadá entrou na minha vida pelas mãos do Senhor, eu não tenho dúvidas disso. Pois bem, o meu advogado já estava pensando em aplicar tudo de novo, porque, segundo a experiência dele, dificilmente o consulado voltaria atrás em uma decisão tomada.
Sem falar com meu marido - muito menos com o advogado - eu entrei em um propósito de oração; comecei a buscar a Deus, pedi direcionamento a Ele e "corri atrás do prejuízo" rsrsrsrsrs... liguei pro consulado e falei com a pessoa responsável pelos processos. Ele foi super frio, não me deu nenhuma esperança; eu desliguei o telefone arrasada, literalmente...eu podia ter desistido nesse momento, tinha tudo dizendo que não ia dar certo, mas, mais uma vez, eu não desisti. Continue com as minhas orações e Deus me lembrou das muitas conquistas que tive nos EUA correndo atrás... Americano dá muito valor a quem tem garra, força de vontade, determinação...eu, então, pensei: Vai ver que canadense é parecido rsrsrsrsrsrs... eu vou escrever um email pro consulado, em inglês, explicando o por quê que eu acredito que eles deveriam reabrir meu processo e me aceitar como skilled workers, vai que funciona...E foi exatamente o que eu fiz...e continue orando, orando e orando rsrsrsrsrsrs...
Um mês depois do email que eu enviei recebi dois emails: um do advogado e um do consulado. O do advogado dizia mais ou menos assim: Eu não imaginei que o consulado fosse reabrir o seu processo, mas eles reabriram e marcaram sua entrevista pro dia... O do consulado foi me passando a lista dos documentos que eu deveria apresentar no dia da entrevista... Glória a Deus!!!!!!!!!!!! Agora eu te pergunto: E se eu tivesse desistido diante do primeiro obstáculo???
Tem processos que fluem, tudo sai no tempo esperado, não tem estress, as notas do IELTS saem de primeira, tudo perfeito; já outros, como o meu rsrsrsrsrsrsrs, são cheios de emoção: É IELTS que trava, é cancelamento, é entrevista que tem que ser remarcada, mil e uma coisas, tudo fora do normal rsrsrsrsrsrsrs... Vocês acreditam que até no dia da minha entrevista, todo mundo que estava esperando junto comigo entrou entrou pra ser entrevistado, enquanto eu, depois de 2 horas de espera, fui chamada pra ser comunicada que a pessoa que iria me entrevistar tinha tido um imprevisto e só poderia me receber no dia seguinte???  até por isso eu tive que passar. Imaginem vocês o meu nervosismo de ir pra entrevista e saber que eu tinha que passar por toda a ansiedade novamente pra voltar no outro dia... não foi fácil não!!! Mas eu penso que eu poderia ter perdido o meu visto se, em qualquer dos obstáculos que apareceram, eu tivesse desistido.
É bom ressaltar que cada caso é um caso, cada história é uma história. Às vezes, uma porta que se fecha nas nossas vidas, nos leva a olhar pra outras direções e nos faz ver possibilidades que antes não tínhamos visto. Nem sempre o que parece ruim num primeiro momento é  o mal pras nossas vidas.
Eu penso muito em como Deus foi bom comigo de não ter permitido que eu me casasse com algum dos meus exs rsrsrsrsrssrsr... sério!!! na hora que a gente acaba, sofre, sente, mas depois que passa... que alívio!!!! rsrsrsrsrsrsrs... hoje, quando eu vejo o marido maravilhoso que Deus me deu, a filha linda que eu tenho, é que eu entendo que todos os relacionamentos que não deram certo - graças a Deus por isso rsrsrsrsrsrsrs... -  foi para o meu próprio bem. 
Eu já li sobre famílias que tiveram seus processos pro Canadá negados, e que, depois, imigraram pra Austrália, pra Nova Zelândia, enfim, encontraram outros caminhos e se realizaram neles.
Eu quero, através desta postagem, encorajar àqueles que ainda têm o Canadá como objetivo, a não desanimar diante das dificuldades.
1Jo5:14-15 "E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele nos ouve, e, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos as coisas que lhe temos pedido."
Segue uma música que eu acho linda, muito boa pra nos inspirar a prosseguir rsrsrsrsrsrs...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

"Uma mão lava a outra..."

Sem dúvida, uma das maiores preocupações de quem vai emigrar sem conhecer o país de destino, sem ter parentes ou amigos pra dar suporte, é a chegada. "Como vai ser???", "Onde vamos ficar???", "Será que vou conseguir???", são pensamentos comuns de quem vai aventurar uma nova vida só com a cara e a coragem. Mas é bom a gente sempre ter em mente que não seremos os primeiros a abraçar esse desafio, nem tão pouco os últimos. E que se pensarmos na quantidade de pessoas sonhando em ter um visto de residência, sonhando com a chance de poder viver em um país de "primeiro mundo" legalmente, a chegada, por mais difícil que pareça, deve ser saboreada com gostinho de vitória: "Deus me abençoou e hoje estou vivendo meu sonho..." Quem chega no Canadá pela fé e tem um coração agradecido deve pensar desse jeito; afinal, mesmo com todas as dificuldades, estão vivendo o sonho de muitos.
Meu marido estava bem preocupado com a nossa chegada - chegaremos em janeiro -  há dias vinha me cercando, fazendo perguntas, e vinha com frases do tipo: Será que a gente vai conseguir trabalho??? Será que vai dar certo???...ou afirmações como: Se a gente não conseguir nada vamos fazer isso e aquilo...
Eu nem alimento muito essas conversas, me limito a dizer: Se Deus está nos levando, Ele vai nos garantir, não tem nos garantido até aqui??? então, por que a preocupação???
Mas confesso que palavras e pensamentos negativos, por mais que não aceitemos, acabam plantando dúvidas em nossos corações; tudo pra abalar a nossa fé, pra tirar o foco do nosso objetivo.
De tanto minha "cara-metade" insistir com os pensamentos de dúvida rsrsrsrsrs... resolvi entrar em contato com o casal do blog http://piauiensesnocanada.wordpress.com/ que há algumas postagens atrás, me enviou uma mensagem se oferecendo pra nos ajudar no que precisássemos na chegada. Detalhe: a postagem não falava nada sobre isso; acho que eles leram, gostaram e, gentilmente, se colocaram à nossa disposição...glória a Deus por isso!!! rsrsrsrsrsrs...
Pois bem, entrei em contato com eles, os adicionei no msn e no skype e ontem, já final da tarde, conseguimos conversar...nossa, a conversa foi ótima!!! meu marido ficou muito animado e eu, que vocês sabem que ainda estou com o coração no trabalho que tenho feito na Igreja aqui, comecei a me ver morando no Canadá... O Estevam e sua esposa foram maravilhosos, não tenho nem como agradecer a atenção que eles nos deram. Teve uma coisa que ele me falou que chamou a minha atenção: Nós queremos ajudar vocês como os "Ursos" - se referindo ao blog dos Ursos do Canadá - nos ajudaram rsrsrsrsrs...
Através da ajuda que eles receberam dos Ursos, muitas dificuldades foram superadas, como por exemplo a moradia: Os ursos alugaram um ap bem em conta pra eles no centro de Vancouver, super bem localizado; ou seja, eles chegaram já com um lugarzinho pra chamar de casa. Eles me mostraram todo o ap ontem pela câmera e eu achei ótimo, é de um quarto só, mas pra um casal que está começando a vida não precisa nada mais do que isso, gostei muito. Eles até me falaram de um ap no mesmo predio que está vago mas, infelizmente, pra gente que tem uma filha não dá. Eu até cogitei a possibilidade de alugar por 6 meses, porém, o leasing é de 1 ano, aí complica... Eles viram no google map o hotel que vamos ficar e disseram que a área é muito boa, "centrão" de Vancouver... ainda bem porque foi o preço mais em conta que eu encontrei rsrsrsrsrsrsrs...
Então o plano é: Chegar, ficar no hotel, alugar um carro, tirar os documentos necessários e rodar muuuuuito pra escolher um ap pequeno, de 2 quartos, muuuuuuuuito barato e bem localizado rsrsrsrsrsrss... Esse bem localizado é que seja próximo a daycare, área residencial, boa pra quem tem filhos.
O Estevam nos passou os números de celular e da casa - eu não sei nem como agradecer - e disse que nos ajudaria a conhecer os lugares e também nos apresentaria ao grupo brasileiros que eles conheceram por lá. Parece que eles sempre se reúnem pra conversar, jogar baralho, enfim, acho que matar um pouco da saudade do Brasil rsrsrsrsrsrs...
Quanto ao Estevam e sua esposa, eles só têm 3 meses de Canadá, mas estão gostando muito; ainda estão "penando" com a falta da experiência canadense e a falta da fluência do idioma, mas estão se virando bem e tudo está saindo melhor do que eles esperavam...fiquei muito feliz por eles.
Outra coisa que meu marido fez questão de me dizer: É Renata, não tem jeito, você sempre encontra seu povo, né??? rsrsrsrsrs... Isso porque eles são nordestinos assim como eu rsrsrsrssrrsr...Por falar em nordestino, o que eles estão sofrendo mais é com o frio, pegaram uma frente fria que fez a temperatura cair à -7 por um dia, chegou a nevar. Agora imaginem sair do Piauí, 40 graus de muuuuuuuito calor, e pegar -7...não é fácil não rsrsrsrsrsrs... Enquanto o Estevam contava isso, meu marido só me olhava - ele tem pavor de "frio congelante" rsrsrsrsrsrs... - e depois disse: Você me enganou, né??? Você não me disse que lá não era frio, que nem nevava??? Eh Renata você quer me transformar num pinguim, né??? rsrsrsrssrs...
Eu nunca disse que Vancouver era quente, eu só disse que não era tão frio como o resto do Canadá, e que raramente nevava, e é verdade; ele é que interpretou do jeito que quis rsrsrsrsrsrsrsrs... Mas que lá o clima é mais ameno, isso é... não dói tanto quanto morar em Regina rsrsrsrsrsrs...
Mudando de assunto completamente agora, eu estava lendo os papeis do HSBC e li que quem usa o cartão de crédito - Isso referente à conta Premium e cartão internacional - no aluguel de carros nos EUA e no Canadá, o próprio cartão dá como benefício o seguro do carro. Eu vou checar com o banco pra ter certeza, mas pelo que eu li é isso mesmo. Pra quem não sabe, o aluguel do carro nem é muito caro, o que encarece é o seguro que qualquer pessoa prudente se vê obrigado a colocar; por isso, se o seguro for garantido pelo cartão, a economia é muuuuuuito grande.
Bom gente, acho que por hoje é só. Deixo aqui minha gratidão a Deus por tudo que Ele tem feito em minha vida, por ter "tocado" no Estevam e na sua esposa que, com tanto carinho, conversou com a gente, tranquilizou o meu esposo, enfim, foram maravilhosos.
Um dia alguém fez por eles o que ontem eles fizeram pela gente... Que o Senhor possa abençoa-los nessa nova vida no Canadá.


sábado, 4 de dezembro de 2010

Emigrar sempre vale a pena.

Acabei de fazer uma peregrinação por alguns blogs de pessoas querendo emigrar e outros já decididos a emigrar, e encontrei alguns questionamentos que, eu acho, que posso ajudar a responder, afinal, estou emigrando pela segunda vez rsrsrsrsrsrs...
Mesmo sem ter chegado no Canadá ainda - que é o país em questão - tem coisas que acontecem com qualquer um que se dispõe a mudar de país; dúvidas, medo, ansiedade, sentimentos comuns a quem está prestes a dar um giro de 360 graus em sua vida.
1- Nunca espere apoio de todos os seus familiares e amigos
Quando eu, recém formada, com somente 23 anos, decidi ir para os EUA, eu não escondi de ninguém; foi uma decisão "pública", então, eu me expus a muitos comentários, como por exemplo: Você vai ter coragem de deixar sua família??? Tenho certeza que você não vai aguentar nem 3 meses!!! Você acha que vai dar certo??? Eu conheço uma pessoa que foi e detestou... Nossa Renata, você é tão fria, você não pensa em sua avó que já é de idade??? ela pode morrer...
A pessoa tem que saber o que quer porque o "bombardeio" psicológico vem de todos os lados...o "mundo" conspira contra rsrsrsrsrs... a torcida pra que a gente desista é grande, mas sabe porque??? É simples: muita gente gostaria de ter a coragem de fazer o que nós estamos fazendo, então, incomoda quando alguém tem atitude de dizer: Eu vou mudar a minha vida.
Quanto a família é aquela coisa meio egoísta tipo "Eu te quero perto de mim", sabe??? Eu passei uma barra com minha mãe quando fui para os EUA, ela não aceitava de jeito nenhum que uma filha dela tivesse optado viver em um outro país. Só pra vocês terem uma ideia, quando eu pedi pra fazer intercâmbio pela primeira vez minha mãe me disse: Nem pensar!!! eu não coloquei filha no mundo pra viver na casa de estranhos...
Gente, ela é dentista, não é uma pessoa sem instrução, mas é do tipo que quer os filhos bem perto, sabe??? Pois bem, ela sofreu muuuuuito, me fez sofrer também, mas depois de 8 anos de EUA, um casamento, uma filha, um diploma americano, experiência profissional e de vida, ela foi obrigada a reconhecer que eu fiz o certo pra minha vida.
2- É preciso ter objetivo
Ninguém pode pensar em emigrar sem estudar sobre o assunto, sem ter consciência das dificuldades que vai ter que enfrentar. É ingenuidade achar que ao trocar de país, você que antes era uma "minhoca" vai simplesmente sair do casulo e virar uma "borboleta"... não é um "conto de fadas", um "mar de rosas". É preciso muito foco e objetivo pra ver os resultados.
Pra entrar no mercado de trabalho americano eu tive que, literalmente, ralar muuuuuito, comecei do zero; tive que pegar todo trabalho que aparecia - leia-se subemprego rsrsrsrsrs... - pra pagar meu college - que era muuuuito caro - não fazia extravagâncias, controlava toda a minha despesa, cada moedinha pra mim era um dinheirão rsrsrsrsrsrs... tudo com o objetivo de tirar um diploma e começar a trabalhar em minha área. Com dois anos de "ralação" em solo americano consegui o meu primeiro estágio - pagava pra trabalhar rsrsrsrsrs - depois o segundo, e, enfim, o meu primeiro emprego na minha área... Aleluia, Aleluia, Aleluia!!!!!
Você colhe o que planta. Eu lembro que pra aprimorar meu inglês - que não era nenhuma "coca-cola" - no meu primeiro ano eu cheguei a estudar em escola particular de dia e escola pública à noite. A falta da fluência no idioma é angustiante!!! quando eu percebi, depois de uns 4 meses, que meu inglês ainda era precário comparado com os nativos, parei tudo pra me dedicar aos estudos...e foi a melhor coisa que eu fiz.
Sem inglês tudo se torna mais difícil.
3- Adaptação
Eu me adaptei facilmente aos EUA, amei o sistema, a organização, o respeito ao cidadão, a falta de burocracia e etc. Mas também conheci pessoas que não se adaptaram, e o motivo é simples: estavam nos EUA, porém, a cabeça estava no Brasil. Se você decidir morar em outro lugar deve preparar a cabeça e o coração. Tudo é diferente, é uma nova vida.
Mas em minha opinião não dá pra não gostar do que é bom, eu quero dizer: qualidade de vida.
O que pesa na adaptação é a saudade da família, dos amigos, e, no meu caso, da igreja. A saudade dói.
O lado bom é que hoje a internet ajuda muito; telefone, tanto nos EUA quanto no Canadá, é bem barato, só não liga quem não quer; o skype ajuda muito porque a gente pode conversar e ver ao mesmo tempo, enfim, está mais fácil matar a saudade.
4- A vida é pra ser vivida
Eu prefiro me arrepender do que eu fiz do que do que eu não fiz.
Enquanto minhas amigas saiam da faculdade pro mercado de trabalho, eu estava tentanto uma nova vida longe do Brasil. Muitas me criticaram por eu ter - nos primeiros anos - guardado meu diploma pra abraçar o subemprego, mas eu estava vendo mais longe, eu estava tendo experiências que faculdade nenhuma me proporcionaria. Conheci pessoas de diversas nacionalidades, convivi com inúmeras culturas; aprendi na prática a humildade; fiz amigos que viraram irmãos, família de verdade; aprendi o sentido real de "depender de Deus"; consegui um diploma de um college americano - o The Art Institute - que vale no Canadá; trabalhei por quase 5 anos numa multinacional canadense, ou seja, adquiri uma boa experiência profissional; casei com um homem maravilhoso - no Brasil isto é quase impossível rsrsrsrsrs tá chovendo mulher, elas não respeitam nem os casados rsrsrsrsrsrs - e tive uma filhinha americana, dei a ela duas cidadanias - quem está no processo de emigração sabe o valor que isso tem - ela sempre terá duas portas abertas... pra mim valeu muuuuito à pena, vivi meus últimos anos intensamente.
Ao voltar ao Brasil encontrei muitos amigos desempregados, muitos se preparando pra concursos por não aguentar mais a instabilidade do mercado; encontrei algumas pessoas felizes, realizadas, mas muitas outras frustradas. Ao olhar pra trás e me perguntar se eu faria as mesmas escolhas, respondo com tranquilidade que sim; eu vivi. Muitas vezes sofri, tive medo, me senti só, mas Deus estava comigo, e Ele promete que o fim é sempre melhor do que o começo...e foi mesmo...
5- Conclusão
Em janeiro estaremos emigrando novamente, e eu já estou com um friozinho na barriga!!! só faltam 4 semanas pra eu sair daqui do interiror de Minas, ir a Salvador me despedir da família e seguir rumo a Vancouver...e começar tuuuuuuudo de novo!!!
Às vezes eu me pego pensando na chegada; vamos chegar lá com as malas nas mãos - meu marido não quer levar nada, ficou traumatizado em fazer mudanças internacionais rsrsrsrsrsrs... - sem casa, sem emprego, sem amigos, sem igreja, sem família... mas com fé em Deus, certos de que se Ele está nos levando, e Ele irá nos garantir por lá.
Como humana que sou, eu, como qualquer pessoa, também fico ansiosa, preocupada, afinal, não sei o que vai acontecer, porém, eu penso que, mesmo com todas as dificuldades, só a experiência de morar em um outro país será muito importante pra mim, pro meu marido e, principalmente, pra nossa filha; será enriquecedor pra educação dela, ela será uma verdadeira cidadã do mundo.
Tá com medo??? tá preocupado??? não sabe se arrisca ou não??? coloque na balança os prós e contras, pense no quanto a experiência será valiosa pra você e tenha como consolo que você sempre pode voltar pro Brasil... mas saiba que a maioria não volta rsrsrsrsrsrsrs...
Para os casados: Vocês verão como morar longe da família e dos amigos une os casais, o núcleo da família. Eu e meu marido nos EUA éramos muito mais amigos e cúmplices do que aqui no Brasil... morar longe faz bem pro casamento rsrsrsrsrsrsrs.... e como faz!!!!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Passamos pelas mesmas coisas...

Nos últimos dias eu estava totalmente voltada pra uma palestra que eu daria para os jovens na igreja. O assunto era "namoro cristão" - ou seja, assunto bem delicado rsrsrsrrs... - por isso, eu meio que sumi do blog rsrsrsrs... estava estudando uma forma de abordar o tema de forma prática, simples e direta. Bom, a palestra foi ontem e, em minha opinião, acho que deu pra conscientizar os jovens e adolescentes presentes da importância de aprender a confiar e esperar em Deus...quem gosta de esperar, né???? NINGUÉM!!!!
E o interessante é que quem está esperando não vê que outras pessoas também passam ou já passaram pela mesmo coisas; e que depois que passa a gente vê que o "bicho não era tão feio" quanto pensávamos.
Os adolescentes apaixonados sofrem como se nunca fossem amar alguém de novo, como se os pais não entendessem o seu sofrimento, o seu "amor"...se humilham, choram, sofrem por algo que, em 99% dos casos, não vai dar em nada; porque com 13, 14 anos não dá pra se definir o rumo da vida. Nós, adultos, sabemos disso, afinal, também já fomos adolescentes apaixonados rsrsrssrsrsrsrs...
Como qualquer pessoa que está no processo de imigração, eu costumo visitar blogs - acho que eu e "toda a torcida do flamengo" rsrsrsrsrss...  - e encontro muitas histórias parecidas com a minha, e é sobre isso que eu gostaria de escrever hoje.
Como vocês já sabem, o meu processo já está aprovado, só está faltando fazer o tão esperado "landing" pra que o processo seja concluído com sucesso. A nossa ida pro Canadá está marcada pra janeiro de 2011.
Aí quem está lendo agora e ainda está na fila esperando, tá pensando: "Ai, eu não vejo a hora do meu processo acabar...", "Que inveja!!! quando será que chegará a minha vez???" e coisas do tipo rssrrsrsrsrs...
Eu sei porque eu também tive que esperar, e pior, o meu processo era da leva dos antigos...hoje os processos estão sendo finalizados em menos de 1 ano...e muita gente ainda acha que 1 ano é muuuuito tempo. E é mesmo, pra quem está esperando 1 ano é uma eternidade. Primeiro porque a gente não consegue viver normalmente quando estamos esperando alguma coisa acontecer; no meu caso, eu contava as semanas, os dias, era um sofrimento...Como meu processo demorou muito, muito mesmo...eu não tenho tudo de cabeça, mas aconcteceu mais ou menos assim: o processo começou em setembro de 2007, me pediram os documentos em novembro de 2008, cancelaram o meu processo em setembro de 2009, reabriram no final de novembro de 2009, me convocaram pra entrevista - porque eu tinha morado muito tempo fora do país - em janeiro de 2010, pediram os exames no final de março - quase 3 meses depois da entrevista - e só deram a aprovação final em julho, no final do mês - quase 4 meses depois dos exames terem sido entregues - Eu já estava achando que o meu processo seria recusado. Foram tantos meses entrando no site do consulado pra ver o andamento do processo, e sempre aparecia "In Process", eu faltava morrer de tanta ansiedade!!! Lia blogs, notícias, mandava emails pra pessoas que já estavam lá; eu queria, de alguma forma, controlar a minha ansiedade. O que posso dizer da minha experiência??? Por mais que a nossa cabeça esteja no Canadá, o mundo ao nosso redor não pára. Devemos nos preparar pro Canadá, mas também devemos viver e curtir o nosso tempo aqui enquanto o processo não chega ao fim. Eu sonhei muito com o Canadá, não entendia o por quê de tanta demora - acho que o meu processo foi um dos mais longos rsrsrsrrsrsrsrs... - mas hoje eu vejo com clareza que o Senhor "meu" Deus tinha um propósito em me segurar aqui - Também, depois que passa é fácil entender, né??? rsrsrsrsrs... - No meu tempo de espera tive tempo livre pra me dedicar a minha família e a minha igreja. Através do trabalho que tenho ajudado a desenvolver na igreja, pessoas ouviram a palavra de esperança, vidas foram "tocadas", eu pude conhecer pessoas maravilhosas, fiz novos amigos, fou um tempo precioso pra minha vida espiritual. Quanto a minha família, eu pude estar presente em um dos momentos mais sofridos que ela enfrentou: a perda de minha avó repentinamente... Deus vê o que nós não vemos, Ele sabe o que não sabemos; tudo acontece no tempo que tem que acontecer...pode confiar que Deus vai te mostrar o por quê de você estar esperando; seja referente ao processo de imigração ou seja em outra área da sua vida, você vai ver.
Com Deus não existe acaso, coincidência ou sorte, é sempre o mover DEle nas nossas vidas... 
Eu lembro que eu e meu esposo estávamos indo à uma cidade chamada Port St Lucie, na Florida, pra comprar uma casa por lá. Muita gente estava comprando propriedades naquela região, as casas eram novas, grandes, de 4 ou 5 quartos, eram muito mais em conta do que em outras regiões, havia muita facilidade de financiamento, enfim, um sonho pra qualquer casal recém-casado que planeja ter filhos. Tiramos um dia pra ir a Port St Lucie escolher e comprar a casa dos nossos sonhos. Saímos cedo em meu carro - um carro novo que nunca tinha me dado problema - e, assim que entramos na I-95(estrada americana), o carro simplesmente parou. Meu marido checou as coisas óbvias como a bateria, motor e etc, e estava tudo, aparentemente, normal. Eu, então, sugeri que voltássemos pra casa, porque seria muito cansativo levar o carro pra oficina, esperar o conserto pra depois seguir viagem. Meu marido concordou comigo e disse que tentaria ligar o carro mais uma vez pra, pelo menos, ver se a gente chegava em casa. Ele tentou, bateu a chave e o carro ligou; nos animamos e decidimos seguir rumo à compra da casa, foi só decidir ir e o carro parou de novo...então, mais uma vez, desistimos de ir e o carro, inexplicavelmente, voltou a funcionar; nos animamos a prosseguir a viagem e o carro parou pela terceira vez; foi então, que eu olhei pro meu marido, ele olhou pra mim e eu disse: Amor, nós sempre oramos a Deus pedindo direcionamento pras nossas vidas, será que Deus não está nos impedindo de ir até Port St Lucie??? Será que lá não é as "Campinas do Jordão" aos nossos olhos??? Vamos voltar pra casa e esquecer Port St Lucie por uns tempos??? Ele concordou comigo, em poucos minutos o carro voltou a funcionar e fomos pra casa. Poucos meses depois o mercado imobiliário americano entrou em crise - como o mundo todo sabe - "colapso" total; quem comprou casa em Port St Lucie por $150.000 não conseguia vender por $50.000, famílias inteiras que optaram morar naquela região sofreram com a falta de emprego, com os altas prestações, com o custo de se morar longe dos grandes centros e etc... As casas maravilhosas viraram verdadeiros"elefantes brancos"... glórias a Deus, o Senhor guia o seu povo... Quando o carro parou eu reclamei, depois que o tempo passou, que as coisas aconteceram, eu entendi, agradeci e glorifiquei o Deus da minha vida.
"Esperei confiantemente no Senhor..." Sl40:1

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sistema de saúde preocupa...

Ontem eu comecei a minha maratona de exames pré-imigração; cheguei em casa morta de cansada porque eu faço os exames em Teófio Otoni - cidade que fica no interior de MG e é conhecida como cidade das pedras preciosas - e eu moro há quase 2 horas de distância, em uma cidade pequena chamada Pavão. Não preciso nem dizer porque eu tenho que me deslocar pra fazer exames, né??? O lugar que eu moro não tem estrutura nenhuma pra um bom atendimento...coisas do interior do Brasil!!! 
Fazer consulta, correr atrás de exames é cansativo, é chato, mas é o tipo de coisa que tem que ser feito; em minha opinião é algo necessário, principalmente, pra quem pretende imigrar. É melhor viajar com todos os preventivos em dia do que contar com a sorte.
Sem falar que eu estou horrorizada com a quantidade de pessoas criticando o sistema de saúde canadense; é algo assustador!!! Eu entro muito na comunidade do orkut "Brazil Canadá", e lá tem um tópico relatando experiências frustrantes de pessoas que precisaram de especialistas, de tratamento, e sofreram um completo descaso por parte do sistema como um todo... eu fiquei tão impressionada com a dificuldade de acesso aos especialistas que, se antes eu já pensava em não cancelar o meu seguro no Brasil, agora estou mais do que decidida..."é melhor previnir do que remediar".
Pra quem vai como imigrante pro Canadá, que é o meu caso, só depois de 3 meses pode ter cobertura de saúde pela província; antes desse período é tudo particular. A opção é passar os 3 meses com um seguro de viagem, e, mesmo assim, pelo que tenho pesquisado, a maiorira desses seguros são co-participativos, nunca cobrem tudo; o que ressalta a necessidade de fazer todos os exames antes de imigrar.
Ontem, além de outras consultas, eu fui à ginecologista, ela até relutou um pouco em fazer meu preventivo porque eu tinha feito um a menos de 6 meses; mas eu expliquei que estaria indo embora em janeiro e que eu também gostaria de estar examinando meus seios porque há algumas semanas havia saído umas gotinhas de leite, e, então, ela concordou. Quanto aos seios, a olho nú não indicavam ter nenhum problema, e como não tenho mais de 35 anos e nem histórico de câncer na família, ela não demonstrou muita preocupação, porém, me passou uma mamografia. Eu consegui fazer o exame ontem mesmo... tem certos exames que sempre nos deixam um pouco apreensivos, e a mamografia é um deles...nossa, dá um medinho de ter alguma coisa errada!!! mas aí eu lembro que se Deus está me levando pro Canadá - porque é Ele quem está me levando - Ele não iria permitir que eu enfrentasse uma doença justo agora, faltando um mês pra eu ir embora... vamos orar pra que todos os meus exames saiam bem em nome de Jesus...
Outra razão forte pra fazer o checkup antes da imigração é que eu também tenho lido muito sobre a dificuldade em encontrar um médico de família que esteja recebendo novos pacientes, muitos deles não aceitam, o que dificulta a vida de quem está chegando. Sem contar que quando a gente chega em um outro país, normalmente, não se tem referência de médico, de clínica, de nada; até pra conseguir uma informação é difícil pra quem imigra sozinho, sem ter amigos ou família pra orientar.
Eu lembro que no meu primeiro ano nos EUA eu tive umas cólicas muito fortes e precisei procurar um médico; mas eu não conhecia nenhum médico, nenhuma clínica...perguntei a algumas amigas da igreja e elas me indicaram um clínico brasileiro, que também atuava como ginecologista, pra me atender em casa. Eu era nova, não conhecia as leis americanas referentes a atendimento médico, prescrições, enfim, muito desinformada nessa área. Procurei o tal médico, ele me examinou - de forma precária - e me deu uma receita que só valia pra uma determinada farmácia; foi aí que eu entendi que ele era um médico brasileiro, trabalhando ilegalmente nos EUA, sem permissão pra exercer a medicina... achei muito arriscado seguir a receita dele, e, como eu já estava de viajem marcada pra passar férias no Brasil, optei por fazer as consultas em casa mesmo. Depois desse episódio, quando regressei aos EUA, procurei me informar, escolhi um médico de família, um tempo depois fiz um bom plano de saúde e passei a ser atendida por bons médicos. Detalhe: Os bons médicos não chegam aos pés dos médicos no Brasil. Só uma excessão: Dr. Patel, um médico indiano especialista em gravidez de alto risco. Ele foi excelente comigo, e muito caro também rsrsrsrsrs... cada consulta com ele ficava em torno de $1.000 dólares; eu tinha que vê-lo toda semana... ainda bem que o seguro arcava com uma boa parte rsrsrsrsrsrs...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Vendedoras de amor

Eu ouvi a expressão "vendedoras de amor" há 2 semanas atrás quando eu estava na porta da igreja conversando com um casal, e o meu amigo, ao ver três adolescentes passarem pela rua, comentou que elas eram "vendedoras de amor", em outras palavras: prostituta, piriguete, mulher de vida fácil e etc.
Não deu tempo de reparar no rosto delas, eu só percebi que eram meninas muito novas. Se isso tivesse sido em Salvador - minha cidade natal - ou em qualquer grande cidade, talvez eu não tivesse nem reparado, a situação nem me chamaria tanta atenção; porém, como Pavão é uma cidade pequena, de aproximadamente 9.000 habitantes, é um lugar que as pessoas se conhecem pelo apelido, pelo nome do pai ou do avô, eu fiquei um pouco impressionada. Fui pra casa pensando em como eu conseguiria me aproximar dessas meninas pra falar a elas do amor de Deus, eu senti uma grande vontade de mostra-las um novo caminho.
No dia seguinte, logo pela manhã, conversei com o grupo de louvor sobre a importância de estarmos levando a verdade do evangelho a pessoas, como as garotas que eu tinha visto no dia anterior, que são "esquecidas" pela sociedade, deixadas de lado por aqueles que mais deveriam se preocupar com elas: nós, cristãos, que dizemos seguir os passos de Jesus, mas que não aceitamos o "ide" pra irmos ao encontro dos que realmente precisam; ficamos acomodados em ser cristãos sentados nos bancos confortáveis de nossas igrejas. Conversamos muito sobre o assunto mas não definimos nada, ficou meio que em aberto.
Mas, graças a Deus, que quando Deus quer alcançar uma pessoa, Ele move céus e terra, Ele trabalha pra que tudo se encaixe e palavra de salvação chegue a quem tem que chegar.
No domingo passado, depois do louvor, enquanto eu pregava, eu vi uma das jovens da igreja colocando três adolescentes no primeiro banco. Eu não percebi quem eram, só notei que não eram da igreja; e eu continuei falando, o Espírito Santo foi me dando palavras e eu senti vontade de fazer o apelo. Então, pedi que a igreja estivesse orando enquanto o louvor tocava mais uma música, e àqueles que tivessem sido tocados pela palavra se levantassem e se dirigissem à frente pra que a igreja pudesse interceder. Antes do final da música algumas pessoas já estavam na frente; de repente uma jovem do primeiro banco também se levantou e o ministro de louvor começou a chorar, encerrando o hino aos prantos. Até aí eu não tinha percebido o que estava acontecendo; orei pelas pessoas que quiseram fazer um compromisso com Deus, encerrei o culto e fui pra casa. Somente no dia seguinte é que eu fui saber que a jovem que tinha levado o louvor às lágrimas era uma das "vendedoras de amor" que tinha passado por mim dias antes. Uma das meninas da igreja, sem saber do meu desejo de estar me aproximando das garotas, há muito tempo já vinha fazendo o convite a elas pra visitar a igreja...glória a Deus que elas foram!!!
Mas é depois da primeira visita que começa um outro processo: mantê-las na igreja, ajudá-las a vencer os convites do mundo, fortalece-las contra as tentações, enfim, estar por perto.
Marcamos uma visita na casa delas pra quarta-feira às 8:00 da manhã. Acordei às 7:00, encontrei Kelly - líder de dança da igreja - e subimos um morro de todo o tamanho, debaixo de chuva, pra conversar com as garotas...eu pensei que eu não ia conseguir, a ladeira era tão grande que eu tinha impressão que a qualquer hora eu ia cair e sair rolando rsrsrsrs... sem falar que eu nem tenho preparo físico pra isso rsrssrsrsrsrs... sou daquelas que vai à academia por obrigação e não por vontade rsrsrsrsrs...
Pois bem, subimos o morro - pra mim quase um "pão de açucar" rsrsrsrsrsrs... - batemos na primeira casa, mas ninguém atendeu... pensei logo: Ai, meu Deus, será que tudo isso vai ser em vão???
Aí começamos a perguntar na rua a direção da casa de uma das outras garotas; depois de andar bastante e de muita informação, descemos o morro; detalhe: estava chovendo e tinha muito limo, se eu sentasse em um papelão era capaz de descer como em um tobogã rsrsrsrsrsrsrs...
Achamos a casa, encontramos lá duas das meninas: uma porque morava lá mesmo, e a outra porque tinha sido expulsa de casa na noite anterior e estava sem ter pra onde ir. A que morava lá, pra minha surpresa, tem 16 anos, e a outra somente 13 anos. Elas nos receberam bem; notei que o padrasto, da que morava na casa, estava com um cara feia pra gente; então a garota me explicou que ele estava achando que nós éramos "piriguetes", mas que a gente não preocupasse que assim que ele visse a bíblia ele ia embora...
Pregamos, conversamos, rimos juntas, e elas aceitaram mudar de vida. A mãe que estava na cozinha, também atenta a tudo que eu falava, se aproximou, e quando teve um tempo à sós comigo, me pediu que, por favor, eu ajudasse a filha dela a mudar de vida... como eu queria ajudá-la!!! mas eu não podia dar garantia de mudança, não está em minhas mãos, eu garanti que pregaria a verdade, mas a escolha vai de cada um, é individual.
Saimos de lá pra ir ao encontro da terceira garota, as outras duas foram com a gente. E lá fui eu subir o morro de novo rsrsrsrsrsrs... desta vez foi mais fácil, acho que Deus teve pena de mim e me fortaleceu rsrsrsrsrsrs... a chuva não deu trégua e chegamos lá bem molhadinhas rsrsrsrsrsr...mas, pelo menos, a casa já estava aberta e a garota estava na porta pra nos receber.
Falamos do amor de Deus, da salvação, do quanto essa nossa vida é passageira, do quanto nós somos preciosas aos olhos de Deus e etc. Os pais estavam atentos a tudo que estava sendo falado, e a menina, com a imaturidade natural de seus 13 anos, às vezes dizia que não estava entendendo, eu respondia com ilustrações, com histórias e a gente foi se entendendo. Perguntei se ela queria mudar de vida, escrever uma nova história, traçar um novo caminho; e ela disse que sim... glória a Deus!!!
Ao nos despedirmos dos pais, mais uma vez nos pediram pra voltar, com olhos quase implorando, nos pediram pra que ajudasse-mos as meninas a mudarem de vida.
O dia foi especial, cheguei cansada, mas feliz de poder ter servido à obra mais uma vez, e triste porque,
quanto mais eu mergulho na obra de Deus mais me acho egoísta, inútil; há tanto pra ser feito, há tantos corações sedentos da verdade, necessitados de uma palavra de esperança, de salvação, e eu fechada em meus problemas, em minha vida, correndo atrás de meus sonhos... que o Senhor tenha misericórdia de mim e dos demais cristãos que estam deixando a vida passar sem viver o verdadeiro cristianismo.
Rm10:14 "Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?"